terça-feira, 31 de agosto de 2010

Títulos para o ego


Estou farto de títulos.

Fui criado no meio evangélico e, como bagagem dessa origem, acostumei-me em ouvir no meio da igreja sobre Pastores, Evangelistas, Apóstolos, Profetas, Diáconos, Presbíteros, Reverendos, Bispos, etc.

Isso era tão comum a mim que eu me perguntava: será que um dia ganharei uma dessas titularidades? Porque quero servir a Deus, mas pra isso, preciso ganhar o título! Balela...

Na verdade, essa história de dar títulos serve apenas para inflar egos e forjar uma superioridade com quem devemos chamar apenas de irmãos.

Não estou questionando os dons, pois eles são dados pelo Espírito, como tanto enfatiza o apóstolo Paulo. Sim, Paulo, apóstolo, que usava o termo em suas cartas, não como alguém que precisasse afirmar a sua posição com relação à Igreja, mas para afirmar para si mesmo a sua missão perante Deus, pois o seu chamado aos da incircuncisão era árduo e somente com uma convicção gerada no Espírito, Paulo poderia afirmar que ele estava sendo enviado por Deus (gr = apostolos), assim como os demais apóstolos (enviados), que usavam o termo mais como uma resposta ao Ide de Jesus (Mt. 21.19).

Portanto, não vejo propósito nem quando vejo discussões por aí se nos dias de hoje ainda devemos usar o termo apóstolo, quanto mais de dar a este nome um valor superior aos demais como se fosse a ponta da hierarquia eclesiástica. Aliás, hierarquia na igreja já é uma aberração por si só, pois nada tem de cristão, onde todos tem tudo em comum e cuidam da necessidade uns dos outros. Ou melhor, temos uma hierarquia sim, formado pela igreja e, acima dela, a Trindade.

Quanto aos demais títulos (pastores, apóstolos, mestres, doutores, profetas...), na verdade são dons dados por Deus, que se manifestam segundo a vontade do Espírito e que servem para a edificação do Corpo de Cristo até que todos cheguemos à unidade da fé. Ou seja, serve para um período de aperfeiçoamento para que todos sejam UM em Cristo, para que tornemo-nos irmãos, sem degraus, em Cristo.

Por isso que devemos entender como as coisas funcionam no Reino de Deus: "O maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado." Mt. 23.11-12

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A preciosa dádiva de se ter filhos

Pode parecer uma defesa um tanto quanto judaica, ou prosaica, ou simplesmente um sentimento fora de nosso tempo essa história de se desejar querer tanto filhos. Afinal, vivemos em uma época onde jovens passam pela sua tenra idade, caminham os seus vinte e poucos anos como pintos debaixo das asas de suas mães-galinhas, ciscam a uma certa distância, mas retornam medrosos à vista de uma sombra suspeita. Chegam aos trinta com desejos tão juvenis que se colocássemos uma chupeta em suas bocas não notaríamos a diferença. O medo de se envolver em sentimentos tão estreitos com alguém do sexo oposto mostra que esta geração não sabe lidar com diferenças e aprender a crescer com elas. Quanto mais levantar a hipótese desse ser humano(?) gerar outro ser humano ao qual se dedicará com todo o empenho para torná-lo um adulto amado, seguro, completo de humanidade.

Pois hoje eu recebi da minha filha uma demonstração de todo o esforço dedicado por mim e por minha esposa ao nos abrirmos inteiramente à dádiva de se ter filhos. Voltando do pediatra das crianças, deixei minha esposa e meus dois filhos na entrada do prédio e ao me despedir a mais velha vem, me dá um forte abraço e diz "tchau papai, te amo!".

Isso já valeu o meu dia. Isso já valeu a minha vida.

Mesmo que coisas contrárias ou negativas venham acontecer sobre a minha vida ou até sobre a vida dos meus filhos, eu me lembrarei do que aconteceu hoje. É assim que eu imagino que seja o sentimento de Deus para conosco. Ele sempre nos amou, sempre nos amará, mas o dia em que chegamos para Ele e dizemos te amo com a sinceridade de uma criança, o coração do Pai se enche de alegria! Quando leio sobre arrependimento no Evangelho, o sentimento que tenho é exatamente esse que arrempender-se significa voltarmos para Deus e simplesmente reconhecer que nós o amamos e que, para retribuir todo esse amor, só com um forte abraço, nada mais.

Não consegue abraçar a Deus? É tão simples... abrace os seus filhos e você sentirá o que é abraçar Deus.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Rompendo a redoma da igreja

Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte anunciando a palavra.” Atos 8:4

Um organismo precisa respirar para continuar vivo. A respiração é um movimento de mão dupla. Inspiramos e aspiramos. O ar entra por nossas narinas, atravessa nossa traquéia, e enche nossos pulmões, para depois ser devolvido à atmosfera.

Tente manter o ar preso em seus pulmões por alguns segundos. Você vai ficando vermelho, seus olhos começam a lacrimejar, até que você não agüenta mais e solta o ar.

Não é simplesmente do ar que necessitamos, mas da entrada e saída ininterrupta deste ar. Sem ar pra respirar, morremos. E prendendo o mesmo ar dentro de nós, também morremos.

A igreja de Cristo é um organismo vivo que também necessita respirar.

Em Seu discurso de despedida, Jesus garantiu aos Seus discípulos que lhes enviaria o Espírito Santo a fim de fossem capacitados sobrenaturalmente a dar testemunho do Evangelho:

“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At.1:8).

A palavra traduzida neste texto por ‘poder’ é dinamus, que dá origem a alguns vocábulos em português, como dinamismodinâmica e até dinamite. Dinamus significa poder em movimento.

O Espírito Santo não apenas capacitaria os discípulos a testemunhar, como também os levaria a lugares e circunstâncias jamais imaginadas por eles, para que cumprissem a sua missão.

O mesmo Espírito que nos atrai a Cristo, nos transforma, também nos envia ao mundo.

Narrando sua experiência de conversão perante o rei Agripa, Paulo diz que Jesus se lhe apareceu, dizendo: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Agora levanta-te e põe-te em pé. Eu te apareci por isto, para te fazer ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda. Eu te livrarei deste povo, e dos gentios, a quem agora te envio, para lhes abrir os olhos, e das trevas os converter à luz...” (At.26:15b-18a).

Observe que a comissão de Paulo se deu no exato momento de sua conversão.

O dinamus do Espírito exerce na igreja uma força centrípeta e centrífuga. Ele atrai, transforma e imediatamente envia.

Não há intervalo! Todos os que são chamados, são também enviados.

Quando o endemoninhado gadareno se viu livre de sua possessão, quis deixar tudo para seguir a Jesus, mas recebeu d’Ele outra ordem: “Volta para casa e conta quão grandes coisas Deus fez por ti” (Lc.8:39a).

No reino de Deus tudo é muito prático. Porém, quando a igreja se institucionalizou, tratou de burocratizar o que antes era promovido pela dinâmica do Espírito.

Quanto tempo de preparo precisou a mulher samaritana para atrair toda uma cidade a Cristo? Foi só o tempo de deixar seu cântaro, ir à cidade e anunciar ao seu povo: “Vinde, vede um homem que me disse tudo o que tenho feito. Poderia ser este o Cristo?” (Jo.4:29). Mesmo sabendo que Jesus era o Cristo, ela preferiu instigar aquele povo à curiosidade. Em vez de apresentar uma contundente resposta, ela instigou-os a questionar.

E aqui nos deparamos com uma importante questão: será que para testemunhar do amor de Cristo temos que esperar até que todas as nossas questões sejam respondidas?

Precisamos desburocratizar e dinamizar o processo de evangelização com urgência.

Ninguém necessita de um mestrado em teologia para anunciar aos seus amigos e familiares quão grandes coisas fez o Senhor em sua vida.

Não temos o direito de impedir o trânsito pelas portas do reino de Deus. Muitos agem como os fariseus e religiosos contemporâneos de Jesus, que se punham à porta, não entravam e não deixavam ninguém entrar. E quando alguém demonstra desejo de sair testemunhando do amor de Deus, tratam de jogar-lhe um balde de água fria.

A estes, diz o Senhor: “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Fechais o reino dos céus aos homens. Vós mesmos não entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando” (Mt.23:13).

Temos que manter o trânsito livre, e para isso, o caminho tem que está desobstruído.

Veja o que Jesus disse sobre isso:

“Eu sou a porta. Todo aquele que entrar por mim, salvar-se-á. Entrará e sairá, e achará pastagens” (Jo.10:9).

Há um detalhe neste verso que tem passado despercebido. O caminho para o Reino é uma via de mão dupla. Quem entra, tem que sair. E o mais surpreendente é que só depois de sair que se acha pastagens.

As pastagens não estão do lado de dentro da cidade, mas lá fora, entre os vales e montanhas da realidade social e cultural na qual peregrinamos.

Muitos acham que vão encontrar tais pastagens do lado de dentro da igreja. Por isso, entram, e não querem mais sair. Ficam viciados em igreja.

Assim como ar que respiramos tem que ser devolvido à atmosfera, temos que devolver ao mundo as pessoas que entram na igreja. Por favor, não se escandalize ainda. Continue sua leitura, e veja se o que digo não faz sentido.

Qualquer espiritualidade que não nos devolva à realidade é maléfica e alucinógena.

Se não concorda comigo, tente concordar com Cristo, que em Sua prece sacerdotal, rogou ao Pai:

“Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (Jo.17:15-18).

Não se trata de uma questão facultativa. Fomos chamados, santificados e enviados ao mundo. Os pés formosos de que diz a Escritura, são os que estão enlameados pelo chão da vida.

Cuidado pra não confundir santificação com alienação.

A igreja não pode ser uma redoma para os seus membros. Ela tem que ser um liquidificador. Experimente colocar várias frutas em seu liquidificador. Ao ligá-lo, elas serão processadas e se tornarão numa deliciosa vitamina. A hélice do eletrodoméstico exerce a força centrípeta e centrífuga. Ela atrai as frutas para si, processando-as ao mesmo tempo em que as empurra para fora. É isso que o Espírito Santo almeja fazer na igreja.

O mesmo Cristo que diz ‘vinde’, também diz ‘ide’. E não há intervalo. A gente já vem indo, e já vai vindo.

Em vez de despendermos energia e dinheiro numa mirabolante estratégia de evangelismo (ou seria de marketing?), que tal abrir a porteira do aprisco, permitindo que as pessoas transitem normalmente pelo mundo, testemunhando o que Deus fizera em suas vidas? Haveria estratégia melhor e mais eficiente do que esta?

Elas não precisam esperar por um "ide" personalizado, vindo direto dos lábios de Cristo para elas. Não!

A bem da verdade, todos que viemos a Ele, já fomos liberados por Ele para ir. Já estamos no Caminho, indo e vindo no constante fluxo e refluxo da vida.

No texto original, Jesus não disse "ide", num tom imperativo, mas disse "indo", numa espécie de gerúndio existencial. O texto diz: "Indo por todo mundo, pregai o evangelho...". Queiramos ou não, já estamos na chuva, e quem está na chuva é pra se molhar.

vinde é personalizado, mas o ide (ou indo) é generalizado.

Alguém poderá perguntar: E quanto aos riscos? Como enviar ao mundo pessoas despreparadas para testemunhar? Não seria melhor segurá-las o máximo de tempo possível, até que se vejam prontas?

Concordo. O risco não pode ser ignorado. Porém, vale a pena corrê-lo.

Jesus não ignorou os riscos ao enviar Seus discípulos ao mundo. Confira o que Ele diz:
“Ide. Eu vos envio como cordeiros ao meio de lobos” (Lc.10:3).

Neste texto em particular, o ide foi imperativo.

O que atenua os riscos é o fato de que o pastor das ovelhas vai à frente do seu rebanho.


“Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. A este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas, e as leva para fora. Quando tira para fora todas as ovelhas que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não reconhecem a voz dos estranhos” (Jo. 10:2-5).

Será lá fora, no mundão, que as ovelhas de Jesus terão suas maiores experiências com Ele. O mundo será o cenário por onde Ele as conduzirá aos pastos verdejantes, às águas tranqüilas. E mesmo quando passarem pelo vale da sombra da morte, não terão o que temer, pois Seu cajado e Sua vara as protegerão.

O que a igreja deveria fazer é procurar levar as pessoas a uma intimidade tal com o Bom Pastor, que elas jamais confundam Sua voz com a voz do estranho. Em outras palavras, temos que aprender a discernir a voz de Deus no mundo. Seja no ambiente profissional, acadêmico, familiar, ou mesmo nos corredores do poder político, será a Sua voz que guiará a nossa consciência, e, por conseguinte, as nossas atitudes.

Portanto, já está na hora de liberarmos as ovelhas do Senhor para que cumpram sua missão de transformação do mundo.

Abramos a porteira, e deixemos o trânsito livre, pra que entrem e saiam, e assim, encontrem pastagem para as suas almas.

Não há motivo pra insegurança. Quem de fato é do Senhor, jamais abandonará seu redil.

(Texto publicado no blog de Hermes C. Fernandes)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Drive-thru contra urucubaca


Como já deve ser de conhecimento do muitos, a Igreja Universal do Reino de Deus criou há alguns meses o "Drive-thru de Oração" (veja matéria aqui). Escapando de métodos ortodoxos, o tal do drive-trhu tem tido boa aceitação dos transeuntes que circulam na região da Vila Mariana, em São Paulo, onde se localiza o templo da Universal com a tal da iniciativa.

O que realmente me chamou a atenção foi a placa indicada no lado da tenda por onde passam os carros e se realizam as orações. Ela diz "RECEBA A UNÇÃO DE PROTEÇÃO CONTRA O MAL DO MÊS DE AGOSTO".

Ora, é notório nas práticas da Universal a necessidade de que os fiéis passem por lá com a maior frequência possível, para que, assim, os líderes da igreja sejam os detentores da bênção, do movimento de Deus sobre a vida dos que ali passam para que assim possam usar o povo da forma que bem entendem. Abre parênteses. Digo "passam", porque não congregam, não se tem uma comunhão, um compartilhar entre eles, é apenas um momento que você passa, recebe a "bênção" e vai embora. Realmente, não existe lugar mais propício para uma ação de drive-thru do que a Universal. Fecha parênteses.

Esse tipo de frase reflete o tipo de manipulação que existe sobre o povo, pois a "boacumba gospel" tem momento de começar e acabar. E é bem rapidinho, um mês só, aí precisa de uma renovação, senão "cuidado com a Cuca que a Cuca te pega!". Esse é o nível de entendimento do que é ter uma vida religiosa na nossa sociedade, mas não é assim que Jesus nos ensina. E, pode ter certeza, que entre derivados de cristianismo e o próprio Cristo, eu fico com o Mestre.

Primeiro, Jesus curava aos borbotões sem ao menos se preocupar se o curado o seguiria ou não. Pelo contrário, depois que sua fama se espalhou pela Galiléia, quando muitos se reuniam em volta dele, ele anunciava o Reino de Deus e suas implicações (leia o chamado Sermão da Montanha - Mateus 5 a 7). Ou até mesmo impedia que fosse seguido, como foi o caso do gadareno que queria ir com ele, mas após Jesus expulsar-lhe uma legião de demônios, mandou o homem voltar pra casa para testemunhar aquilo que havia acontecido com ele (Lucas 8.38-39).

E, apesar de Jesus nos dizer que devemos (nós mesmos, sem a necessidade de alguém fazer por nós) pedir a Deus que nos livre do mal, ele também reconhece que o mal acontecerá no nosso dia a dia e que nesse mundo teremos aflições. Ou seja, não precisamos nos preocupar com o mal do mês de agosto, nem com o mal de amanhã devemos nos preocupar!

O que Jesus nos assegura é que devemos sempre buscar o Seu Reino e a sua justiça e também que apesar do mal, da tribulação e dos problemas que temos ou teremos, a nossa esperança está no Deus que venceu a morte e venceu o mundo! Conseguiremos "passar" pelo mal, não no drive-thru, mas pela força do Deus que opera em cada um de nós! (Mt. 6.33-34 e Jo. 16.33)

Outro detalhe é que o termo unção recebeu ares de um passe, uma mandinga. "Unção de proteção". Corpo fechado. Parece que estamos em outras praias, não? Começo a entender porque se chama Universal, pois esse sincretismo usado por essa igreja vem de todas as fontes religiosas do mundo! E Jesus, será que andava com um óleo ungido por aí querendo "proteger" os seus discípulos do mal agouro? Não o Jesus do Evangelho! Não o filho de Deus!

Voltemos às escrituras. Voltemos para o Reino de Deus, que nada se assemelha a este pregado pela Universal.

PS.: Sei que Deus pode alcançar a quem Ele bem quer. Sei que terei irmãos que conheceram a Jesus em qualquer igreja-instituição e também fora dela. Mas isso não nos exime de sermos indiferentes à práticas nada relacionadas a Cristo, usando apenas o Seu nome como bem entendam sem que haja denúncia. O meu objetivo é de mostrar quem realmente é Jesus, aquele que liberta, que salva e que nos faz achar pastagem quando ouvimos a Sua voz.

Em verdade, em verdade vos digo: o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador. Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora. Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz; mas de modo nenhum seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos. Jo. 10.1-5