segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Igreja tem de ser assim... de gente, para gente!


Igreja tem de ser coisa de gente de Deus, de gente livre, de gente sem medo, de gente que anda e vive, que deixa viver, que crê sempre no amor de Deus; e, sobretudo, é algo para gente que confia, que entrega, que não deseja controlar nada; e que sabe que não sabe, mas que sabe que Deus sabe...

Somente gente com esse espírito pode ser parte sadia de uma igreja local, por exemplo...

Entretanto, para que as pessoas sejam assim, seus pastores precisam ser assim...

Se o pastor é assim, tudo ficará assim...

Ou, então, o tal pastor não emprestará a sua vida para o que não seja vida, e, assim, bem-aventuradamente deixará tal lugar de prisão disfarçada de amor fraterno...

Em igreja há problemas... É claro... Afinal, tem gente...

Mas nenhum problema humano tem de ser um escândalo para a verdadeira igreja de gente boa de Deus.

Numa igreja de Deus ninguém tem de ser humilhado, adúlteros não têm de ser “apresentados” ao público, ladrões são ajudados a não mais roubarem, corruptos são tratados como Jesus tratou Zaqueu, e hipócritas são igualmente tratados como Jesus tratou os hipócritas; ou seja: com silêncio que passa, mas, ao mesmo tempo, não abre espaço...

Na igreja de gente boa de Deus fica quem quer e até quando deseje... E quem não estiver contente não precisa ser taxado de rebelde e nem de insubordinado... Tal pessoa é livre para discordar e sair... Sair em paz. Sem maldições e sem ameaças; aliás, pode sair sem assunto mesmo...

Na verdadeira igreja não há auditores, há amigos.


Nela também toda angústia humana é tratada em sigilo e paz.

Igreja é um problema?...

Sinceramente não acho...

Pelo menos quando a igreja é assim, de gente, para gente, liderada por gente, com o propósito de fazer de toda gente um humano maduro — então, creia: não há problemas nunca, pois, os problemas em tal caso nada mais são do que situações normais da vida, como gripe, febre ou qualquer outra coisa, que só não dá em poste de ferro...

Tudo o que aqui digo decorre de minha experiência...

Não é teoria...

Pode ser assim em todo lugar...

Mas depende de quem seja o pastor...

E mais, se o povo já estiver viciado demais nem sempre tem jeito...

Entretanto, se alguém decide começar algo do zero, então, saiba: caso você seja gente boa de Deus, e que trate todos como gostaria de ser tratado, não haverá nada que não seja normal, pois, até as maiores anormalidades são normais quando a mente do Evangelho em nós descomplicou a vida.

Pense nisso!...

Nele,

Caio (recebi esse texto por email, mas deve estar no site caiofabio.net)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

PARA QUE SERVE DEUS, de Philip Yancey

Nessas férias, entre uma piscina ou uma brincadeira com meus filhos, li o livro Para que serve Deus - Em busca da verdadeira fé, da Editora Mundo Cristão, e, confesso, não tinha muitas expectativas quanto ao que esperar de seu conteúdo.

Comprei o livro de um amigo livreiro por indicação dele. Estava a ponto de comprar outro livro, mas ele me convenceu a levar esse. O título do livro me deixou com mais dúvidas, pois parece que se está querendo aludir ao utilitarismo de Deus, que se vê por aí na teologia da prosperidade. Mas vindo de Yancey, tinha sabia que não era esse caminho do livro (nota: o título original do livro é What's good in God, um trocadilho que funciona bem na língua inglesa, mas que soa estranho no português). Do autor eu tinha lido apenas Maravilhosa Graça (que me deixou realmente maravilhado) e A Bíblia que Jesus lia (que me deixou entediado). Mas tenho que compartilhar a minha grata surpresa: este livro vale a pena (ou no caso, a impressão gráfica)!

A começar pelo cuidado editorial e gráfico, muito bem feito, com gravuras marcantes para separar cada capítulo e uma capa muito bonita (apesar de seguir muito nos tons do best-seller A Cabana), remetendo luz ao caos com uma cidade de fundo.

A proposta do autor foi de aplicar o seu lado jornalista em uma série de situações onde a fé (e somente ela) traria uma luz capaz de resgatar o amor ao próximo e o amor a si mesmo, à medida em que as pessoas se aproximam daquele que É AMOR: o próprio Deus. Cada capítulo traz uma situação ímpar, como, por exemplo, a imersão na vida dos que frequentam os Alcoólicos Anônimos em Chicago, EUA. Ou como vivem os poucos cristãos no Oriente Médio em meio à dureza islâmica aos que praticam outra fé e como, de fato, eles fazem a diferença no meio social, mostrando amor ao próximo indistintamente.

Em todas as situações levantadas, Yancey se utilizou de sua fama como palestrante e em cada lugar que era convidado a ir, aproveitava para conversar com os locais para entender o motivo que os levaram a se derramar ao pé da cruz de Cristo, com relatos que nos faz reavaliar o sentido de nossa própria fé. No final de cada capítulo, ele traz a palestra proferida em cada local que esteve, enriquecendo de forma primoroza a narrativa já cheia de detalhes.

Enfim, recomendo a todos esse livro. Não chega a ter tanto impacto como em Maravilhosa Graça, mas nos faz repensar em nosso piloto-automático-da-fé.

Livro: Para que serve Deus
Autor: Philip Yancey
Editora: Mundo Cristão
Páginas: 288