quarta-feira, 24 de junho de 2015

DEUS, SARA ESSA NAÇÃO!




Hoje pela manhã escutei a notícia de um assalto realizado na Zona Sul de São Paulo por uma - pasmem! - quadrilha de assaltantes mirim, onde o protagonista da cena era um garoto de apenas nove anos de idade. Outro integrante do bando, com apenas 13 anos, já era conhecido pela comunidade como "criminoso" em potencial. E a imagem transmitida pelo telejornal era tão chocante quanto a notícia: uma fila indiana de crianças entrando num camburão da polícia. É meu amigo, o Brasil foi a falência, e faz tempo! Mas será que essa nação ainda tem jeito? Bem, se fosse possível voltar no tempo e desviar a rota dos portugueses, quem sabe sim, mas como infelizmente Dr. Emmett Brown e DeLorean são apenas personagens fictícios, nossa única saída está em tentar, com muito esforço e boa vontade, encontrar um fio de esperança em meio a essa realidade de desesperanças.

No geral, o cristianismo insiste em dizer que problemas relacionados a criminalidade e educação explicam-se na ausência de Deus, mas eu me pergunto, em que sentido? Pois os japoneses, por exemplo, são modelos de cidadania, segurança, educação e cultura e de minoria cristã. "O país consegue manter as taxas de homicídio em 0,3 morte a cada 100 mil habitantes, uma das menores do mundo. [...] Para a ONU, a baixa taxa está associada a uma sociedade estável e próspera, com baixa desigualdade e altos níveis de desenvolvimento. Os números estão em constante declínio. Em 1955, a quantidade de assassinatos cometidos por homens japoneses era 10 vezes maior do que atualmente. Segundo a Agência Nacional de Polícia do Japão, o número de homicídios e de tentativas de homicídios caiu 8,8% em 2013, somando apenas 939 casos. No Brasil, foram mais de 50 mil em 2012."¹

E agora, como responder a essa questão? Uma sociedade que é referência de cidadania e comportamento ocupar o segundo lugar no ranking de maior número de ateus no mundo?² É amigo, agora ficou difícil! Se quisermos salvar o Brasil do caos em que está metido, precisamos ir por outro caminho, pois seguindo a lógica sem lógica dos ateus japoneses, a fé parece não ter muita relação com a cura da nação. Cantar e clamar para que Deus sare a nação brasileira, pedir que derrame o óleo da sua unção sobre essa pátria perdida e não exercer o mínimo de raciocínio, me faz pensar que falta Deus nessa atitude, por mais espiritual que ela pareça ser. Não julgo a fé genuína dos cristãos que assim procedem, pois só Deus é capaz de sondar os corações e suas intenções, mas você há de convir que alguma coisa está errada, pois os 'números' não batem nessa conta.

Por exemplo, a discussão sobre a maioridade penal está em alta (como se fosse a saída genial para a diminuição da criminalidade), mas qualquer pessoa com o mínimo de informação tem ciência de que este será apenas um paliativo, semelhante ao efeito de analgésicos para a dor de um tumor. Nossa nação há séculos está sendo corroída pelo câncer e os governantes insistem em investir em novos analgésicos. E por que fazem isso? Porque a cura do tumor tiraria o poder de suas mãos e o dinheiro de suas cuecas. Cidadãos que pensam (e agem!) são o pesadelo de políticos inescrupulosos.

Imagino que você, assim como eu, também anseie por um Brasil livre da criminalidade, que seja exemplo em cidadania e educação, mas para início de conversa, há que se mudar a mente da população que, infelizmente, está cauterizada. E tentar reformar vasos que estão prontos é um serviço desgastante, demorado e trabalhoso (não que não seja necessário), mas veja que grande potencial temos na argila, ou seja, num pedaço de barro disponível a ser moldado. O caminho para a cura da nação brasileira está dentro das escolas e enquanto nossas autoridades (inclusive as religiosas) continuarem insistindo em quebrar e reformar vasos prontos e ignorar "os pedaços de argila", patinaremos na lama. O triste é que mesmo depois de séculos de sofrimento e erros atrás de erros, o investimento na indústria de novos vasos permanece em segundo plano. Num país onde paga-se 1 milhão de reais para um bumbum de reality show e R$ 1.500,00 a um profissional da educação, é certo que que o governo está andando pra trás, ladeira abaixo e de olhos vendados. As nossas escolas públicas são um desastre. O investimento em educadores uma vergonha sem tamanho! Que me perdoem as palavras, mas enquanto os governantes burros não investirem numa educação de qualidade, o Brasil continuará a produzir novos burros, que em pouco tempo estarão ocupando cargos políticos. Um verdadeiro círculo vicioso.

Tomando novamente a nação japonesa como referência, faça uma pesquisa rápida e descobrirá um modelo extraordinário de educação. Ali está a resposta para o exemplo de sociedade que tanto almejamos. Dinheiro nós temos, o que nos falta é escrúpulos para fazê-lo chegar ao lugar certo, e isso só será possível se acrescentarmos na argila de hoje uma boa dose de caráter, para então termos esperanças de uma nação reformada amanha. 

Quero com esse texto te convidar a clamar a Deus para que levante autoridades que tenham essa consciência, e mais do que isso, que você, leitor, seja desafiado a investir tempo, dinheiro e vida na educação das crianças que te cercam. Especialmente seus filhos! Deixa-los a mercê do lixo midiático e soltos para que o mundo molde seus corações só nos trará uma recompensa: mais vidas andando em direção ao camburão da polícia. Busque informação e formação.

O clamor "SARA ESSA NAÇÃO" passa necessariamente pela sua vida. O óleo derramado por Deus se tornará real em nossa pátria através de suas ações. Clamar, cantar, orar e não fazer nada para que essa realidade mude, nos torna mais ateus que os próprios japoneses. É momento de se informar, raciocinar e agir! Agradeço a Deus pelo exemplo de cidadania que Ele nos mostra através dessa nação. Observar o funcionamento de suas escolas e escolhas mexe profundamente comigo. É isso! É exatamente isso que Deus sonhou para a humanidade quando criou o mundo. Ver o exemplo dos torcedores japoneses recolhendo o lixo após o jogo durante a Copa é um verdadeiro tapa na cara.

O mal existe, isso é fato. A corrupção toma conta dos corações, mas é certo que nenhum político nasce corrupto. Quem coloca dinheiro na cueca quando adulto, é porque não aprendeu a devolver o troco errado da padaria quando criança. Penso que pela lógica descrita na Bíblia de que um seguidor de Cristo se torna referência de ser humano e modelo a ser seguido, o Brasil, por ter população de maioria cristã, deveria ser exemplo de nação para as suas crianças (o que está muito longe de ser). Temos a declaração, mas nos falta a ação. O nosso modelo de sociedade nega o Cristo que pregamos. Discurso vazio. Novos corruptos sendo formados nas escolas. Estamos falhando em alguma parte do processo e insisto em dizer que o erro está na formação dos novos vasos.

Diante dessa triste constatação temos duas escolhas a fazer: cruzar os braços e dormir com esse barulho ou agir e não descansar até que ele silencie. Eu escolhi seguir pelo segundo.

*Daniela Marques acredita com todas as forcas na transformação de sua nação através do trabalho com crianças, por isso criou o projeto O Coração Vermelho (www.ocoracaovermelho.com)

¹ http://exame.abril.com.br/…/numero-de-assassinatos-no-japao…
² Pesquisas de Phil Zuckerman (2007), Richard Lynn (2008) e Elaine Howard Ecklund (2010), ONU, adherents.com, American ReligiousIdentification Survey, The Pew Research Center, Gallup Poll, The New York Times, Good, Nature, Live Science e Discovery Magazine.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

AVIVAMENTO OU EMOCIONALISMO HISTÉRICO?



De onde será que surgiu a ideia de avivamento estar relacionado a barulho e movimento? Do Pentecostes? Talvez... Digo isso com pesar no coração, mas muitos ainda tem a firme convicção de que uma igreja avivada é aquela onde o som louvor e da pregação podem ser ouvidos a centenas de metros de distância. E os membros? Muitos deixam-se levar pela catarse. Será que estamos falando de um Deus com problemas de audição? Ou que relaciona espiritualidade a volume e movimento? Fico imaginando como seria esse termômetro:

Muitos gritos e movimentos = alto grau de espiritualidade
Silêncio e falta de movimentos = frieza espiritual

Sim querido leitor, é assim que muitos cristãos encaram o evangelho. Triste não? Esse texto é um estímulo ao raciocínio. Entoar o cântico que diz "no silêncio tu estás..." acompanhado de um som ensurdecedor de bateria e não notar o quanto isso é antagônico, é algo no mínimo intrigante. Sim, já o fiz, por isso cuido para não julgar. Mas é preciso deixar o alerta, na verdade, um convite a autoanálise. Que testemunho a sua comunidade tem dado à vizinhança? E às pessoas mais antigas da igreja ou às que tem maior sensibilidade de audição? Já teve o cuidado de perguntar a elas se o volume dos instrumentos e do microfone incomodam? Amigo, se isso não te preocupa questiono então que tipo de evangelho está vivendo, pois certamente não é o de Cristo.

Não, não levanto a bandeira dos hinos antigos - apesar de apreciar muitas melodias e conteúdos - mas precisamos no mínimo (no mínimo!) não deixar que nossas atitudes manchem a mensagem do Deus que pregamos, que é manso e humilde de coração. O mesmo Deus que nos desafiou a servir, a observar a necessidade do outro e jamais enfiar o Evangelho goela abaixo. Sim, pois é isso mesmo que os cultos e louvores barulhentos fazem, enfiam Jesus goela abaixo, ou melhor, ouvido adentro! Em amor, venho através desse artigo sugerir que reúna a liderança da sua comunidade e repense essa questão: "Será que incomodamos os nossos vizinhos com o barulho das músicas, pregações e instrumentos? Qual a necessidade de gritar no microfone? E o que pensam os membros?"

"Mas Dani, os jovens gostam de músicas agitadas, se tocarmos só hinos eles saem da igreja!" Então novamente te convido a raciocinar: Se é o nível de barulho e som dos instrumentos que "prendem" os jovens da sua igreja, questiono que tipo de mensagem estão pregando e vivendo. O que deve nos levar a Cristo não é o som da bateria ou da guitarra, mas sim a sua Graça irresistível. O nome já fala por si, é impossível resistir, por isso não precisamos de estratégias para segurar jovens em igrejas. A fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus, não pela habilidade dos músicos da banda. "Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? [...] De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus." Romanos 10:14-17

Barulho nunca foi (e jamais será!) sinônimo de igreja avivada. Aliás, igreja nenhuma é capaz de promover avivamento, ela apenas clama para que aconteça. Também não prepara o ambiente, apenas ora e aguarda. Não é emocionalismo histérico, mas sim obra do Espírito Santo de Deus que produz arrependimento, santificação, caráter aprovado e engajamento nos serviços do Reino. As consequências de um avivamento genuíno são as de transformações na sociedade, diminuindo-se a pobreza, criminalidade, desigualdades e injustiças. Quer ver se a sua comunidade realmente passou por um avivamento genuíno? Observe seu bairro e a sua cidade. Quantos realmente renderam-se a Cristo? O avivamento é uma necessidade, pois vem para nos convencer do pecado, da justiça e do juízo. Nos coloca com a boca no pó e arranca de nosso íntimo um único grito: "Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!" Isaías 6:5

Não, não tenho nada contra um encontro barulhento e agitado. Se toda a comunidade está de acordo e o volume não incomoda a vizinhança, sigam em frente! Deus é Deus, quem sou eu para julgar? Mas querido, jamais relacione nível de volume a avivamento e espiritualidade. São assuntos distintos.

Mas sabe, tenho pra mim que Deus curte mesmo é um silêncio. Posso estar errada, mas algo me diz o contrário...

 "Então veio um vento fortíssimo que separou os montes e esmigalhou as rochas diante do Senhor, mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto. Depois do terremoto houve um fogo, mas o Senhor não estava nele. E depois do fogo houve o murmúrio de uma brisa suave..." 1 Reis 19:11,12

"Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará." Mateus 6:6

Daniela Marques é esposa, mãe e escritora. Edita os blogs SalveMeuCasamento, Vida de Mãe e coordena o projeto social O Coração Vermelho. Seguidora de Cristo e proclamadora voraz da mensagem da Cruz. Ama o que faz!

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

JUSTIFICADOS PELAS OBRAS OU PELA FÉ?


Essa é uma discussão antiga, um verdadeiro divisor de águas entre os cristãos. Bem, antes mergulharmos no assunto, precisamos entender a justificação. Venha comigo: as palavras justificar,
justificado, justificação e justo, tanto no Hebreu tsadag como no Grego dikaiosis, referem-se a expressão“fazer-se reto". Ou seja, justiça significa a qualidade de estar reto, na posição certa. Jesus nos justificou, Ele nos fez justos aos olhos de Deus através de sua morte e ressurreição. Estávamos na posição errada, mas com a morte de Cristo fomos justificados, colocados no caminho certo.

Seguindo essa linha de raciocínio, podemos então dizer que nos tornamos juntos diante de Deus pelas obras ou pela fé? Pelo invisível ou pelo visível? Pela transformação interna ou externa?

Encontrei todas as respostas na Palavra:

1 - PELA GRAÇA: "...sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus." Romanos 3:24

2 - PELA FÉ: "Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo..." Romanos 5:1

3 - PELO SANGUE: "Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda seremos salvos da ira de Deus por meio dele!" Romanos 5:9

4 - POR DEUS: "Porque, aquilo que a lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado..." Romanos 8:3

5 - PODER DA RESSURREIÇÃO: "Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação." Romanos 4:25

Temos então cinco pontos cruciais: A GRAÇA é o princípio, a FÉ o meio, o SANGUE o preço, DEUS o agente e o PODER DA RESSURREIÇÃO a prova. Até aqui não há vestígios de obras externas, correto? Mas e quanto ao que diz Tiago em sua carta: "De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo?" Tiago 2:14

Se não tomarmos o cuidado devido, podemos distorcer as palavras de Tiago ao nosso bel-prazer. As obras ou atitudes externas são o resultado visível dos cinco pontos[¹] invisíveis que acabamos de citar, não o contrário. Os atos visíveis são incapazes de transformar nosso interior. Deixar de comer carne, usar brinco, esmalte ou maquiagem, guardar um dia santo, dar o dízimo ou ofertas, participar de ministérios ou praticar obras de caridade não nos tornam mais santos. Se assim fosse, o poder da justificação estaria em nossas mãos, não em Deus. Mas é certo que a fé produz em nós atitudes externas. Como bem disse Calvino: Somos salvos somente pela fé, mas não por uma fé infrutífera.

A igreja induziu (e ainda induz) muitos cristãos desinformados a colocarem nas obras e atitudes externas o peso da justificação. Veja o que aconteceria se focássemos somente na atitude externa de Abraão ao levar seu filho Isaque para o sacrifício. Tirando sua fé, o que teríamos? Apenas uma tentativa se assassinato. Ou seja, quando a obra é fruto da fé, gera vida, mas quando é fruto da lei, o caminho é a morte, morte espiritual: "Porque, aquilo que a lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne, a fim de que as justas exigências da lei fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito." Romanos 8:3-4

Sendo assim, somos justificados pelas obras ou pela fé? Jesus responde:

"Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver. Então OS JUSTOS lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." Mateus 25:35-40

OS JUSTOS, aqueles que foram justificados através cinco pontos citados, geram frutos: "E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma." Tiago 2:15-17

A justificação genuína nos impulsiona a agir! O cristão acomodado, que não se importa com o sofrimento alheio, que não move uma palha para vestir o necessitado, para dar de comer ao que tem fome e abrigo ao sem teto, que não visita o enfermo ou o preso, segundo Tiago, possui apenas uma fé nominal, uma fé é morta. Preocupante não?

Te convido a olhar para dentro de si e diante de Deus perguntar: "Minhas obras externas são fruto de uma fé genuína ou estou agindo em busca de pontos com Deus na prova da santificação?" Ou quem sabe: "Se estou acomodado, a fé que professo é realmente viva e genuína?"

Oro para que o Senhor te responda e faça queimar seu coração, e que através da Graça, da Fé, do Sangue e do poder da Ressurreição seu espírito seja reconciliado com o Criador e sua Criação, e assim, os frutos de justiça passem a fazer parte de sua existência!

Em amor,

Dani Marques

[1] Comentário Bíblico popular - William Macdonald

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

QUEM SERÁ SALVO?


Ao ser interrogado por seus discípulos sobre quem seria o maior no Reino dos céus, Jesus responde utilizando a figura de uma criança:

“A não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, JAMAIS entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus.” Mateus 18: 1 a 4

Através desse texto, Jesus nos ensina que, enquanto cristãos, devemos nos espelhar na humildade de uma criança, referência de fé genuína e exemplo a ser seguido no que diz respeito a salvação. A palavra humildade possui várias vertentes e, para absorvê-las, compreendê-las e colocá-las em prática, precisamos antes observar a pureza de uma criança que ainda não foi contaminada pelos princípios e valores deste mundo. Venha comigo:

- Toda criança tem ânsia pelo aprendizado. Elas sabem que ainda não sabem tudo;
- Estão com as portas do coração sempre abertas à Palavra de Deus e tem grande alegria em recebê-la. Prova disso são as milhares de igrejas que surgiram através do trabalho com crianças;
- Elas não fazem acepção por hierarquia, posição social ou conta bancária. Brincam com um menino de rua como brincariam com o filho de um milionário;
- Não são hipócritas ou dissimuladas. Sinceridade é sua marca registrada;
- Depois de uma briga, perdoam e logo voltam a brincar. Não guardam rancor ou ressentimentos. Não ficam remoendo o passado;
- São vulneráveis e dependentes. Sabem que não podem sustentar sua existência. Precisam de outras pessoas para manterem-se vivas;
- Reconhecem que o pai ou mãe sabem tudo e podem tudo, por isso recorrem à eles para discernir o certo do errado;
- Nos momentos de medo, dor ou incertezas, correm para o colo do pai;
- Confiam no sustento do pai. Não se preocupam com o amanhã, se terão o que comer ou o que vestir. Vivem o hoje;
- A criança que experimenta o amor do pai, descansa, pois sente-se salva, segura e amada. Ela alimenta a certeza de que nada, absolutamente nada foge do controle do seu cuidador, inclusive os momentos de dor;

- E, finalmente, a criança não tem vergonha de dizer: Eu não consigo, me ajuda!

Jamais nos tornaremos como crianças sem a ajuda do Pai. Antes de tudo, precisamos reconhecer nossa incapacidade para então dizer: "Pai, eu quero, de todo o meu coração, mas eu não consigo. Me ajuda!"

E, neste momento, Deus certamente responderá: "Foi para isso que derramei o meu Espírito sobre toda a carne. Permita que ele aja em sua vida. Deixe-se encher. A força da corrente é minha, seu trabalho é permanecer nela, através da fé".

Antes de discutir questões como quem será o maior, galardão ou vida na eternidade, preocupe-se em saber se fará parte dela. Reforçando as palavras do Mestre Jesus: “A não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, JAMAIS entrarão no Reino dos céus.”

Dani Marques


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A VERDADE SOBRE A IGREJA

A palavra igreja vem do grego ekklesia, termo utilizado para denominar uma assembleia ou uma reunião de pessoas, podendo ter um fim religioso ou não. Após a ressurreição de Cristo, especificamente no ano de 190, seus seguidores acabaram tomando emprestado o termo ekklesia para intitular seus encontros e reuniões, que aliás, em sua grande maioria não eram realizados em templos, mas sim em casas. Veja alguns exemplos: "E à nossa amada Áfia, e a Arquipo, nosso camarada, e à igreja que está em tua casa..." Filemon 1:2 e "Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia e a Ninfa e à igreja que está em sua casa." Colossenses 4:15

A palavra ekklesia aparece 114 vezes no Novo Testamento, sendo que na grande maioria das citações faz referência as reuniões de cristãos com local fixo. Em outras vezes, refere-se ao Corpo de Cristo espalhado por toda face da Terra, a igreja invisível, universal e sem local fixo. Em outras, pode referir-se aos dois sentidos, tanto universal quanto local e em algumas, não tem qualquer sentido religioso (podendo ser uma reunião de políticos, por exemplo).

Curiosidade: Sabia que os templos cristãos, com vitrais e altar, surgiram apenas no século IV, com a conversão de Constantino (Imperador Romano) ao cristianismo, e que o formato que temos hoje de púlpito, cadeira do bispo/pastor e modelos hierárquicos de clero/leigo vieram de seu reinado? Ou seja, Jesus não teve nada a ver com isso.

Interessante não?

Bem, os nossos encontros enquanto cristãos são necessários e legítimos, e não vejo problema algum em denominá-los de igreja ou ekklesia, pois trata-se de um ajuntamento que se reúne para um fim. O cristão precisa fazer parte de uma comunidade para desenvolver-se espiritualmente. Como diz Ariovaldo Ramos, o neófito na fé precisa passar pelo evangelista, pelo pastor, pelo mestre e pelo profeta, para então amadurecer e desenvolver seus dons. E isso só é possível fazendo parte de uma comunidade. Mas querido, chamar um prédio de igreja... Hum, não faça isso. A não ser que você seja seguidor de Constantino. O local fixo é apenas um meio utilizado para um fim. O ato de congregar pode ser feito inclusive a céu aberto.

Te aconselho também a excluir do seu repertório expressões como "igreja brasileira" ou "igreja americana". O que existe é a igreja/ajuntamento de pessoas que se reúne no bairro "x", localizado na cidade "y" e que faz parte do estado "w", pertencente ao país "n". E este ajuntamento pode ser realizado num prédio, num salão ou na casa da D. Maria, por exemplo.

Outra coisa importante: um ser humano alcançado pela Graça e regenerado por Cristo automaticamente passa a fazer parte da Igreja Universal, o corpo de Cristo espalhado pela face da Terra desde o início dos tempos, mesmo que ainda não faça parte da igreja/local fixo. É certo também que nem todos os que estão inseridos na igreja/local fixo fazem parte da Igreja Universal, do Corpo de Cristo. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Um sujeito pode frequentar o local fixo por 50 anos sem nunca ter sido alcançado pela Graça, compreende?

Pois é, se excluirmos o Cristianismo Católico Romano, o Protestante, o Ortodoxo, o Pentecostal e o Neopentecostal, teremos então a proposta de vida dos primeiros cristãos e suas intenções originais, que estão descritas no livro de Atos, na Bíblia. Te convido buscar o conhecimento de Cristo e inspiração na igreja primitiva nesta fonte, que é segura, pois o restante já foi contaminado há muito tempo! É melhor não arriscar.
Dani Marques

O NOVO TEMPLO DE SALOMÃO... QUER DIZER, DO MACEDÃO!



O templo de Salomão (o descrito no Antigo Testamento) era um lugar sagrado, de culto e tinha apenas esse objetivo, por isso poucos podiam adentrá-lo. A santificação era algo levado a sério, um verdadeiro pré-requisito. O tamanho do templo era considerado grande para a época. Tinha por volta de 30 a 35 metros de comprimento, de 10 a 12 metros de largura e de 15 a 17,5 metros de altura.

Agora me surge um sujeito que constrói um templo milionário, com o objetivo de reunir o maior número de pessoas possível, impressionar visualmente e ainda fazer os idiotas comprarem o pó da construção da sua megalomania. Pois bem, esse novo lugar que recebeu o nome de Templo de Salomão possui dimensões de 121 metros de comprimento, de 105 metros de largura e de 52 metros de altura.

Salomão jamais pensaria nessa engenharia maligna de ganhar dinheiro, pois ele servia ao Deus verdadeiro e não a Mamón (o deus do dinheiro). Trocou-se a reverência pela manipulação, a sacralidade pelo paganismo. Tudo ali evoca simbolismos do Antigo Testamento e absolutamente nada remete a simplicidade de Cristo, o amor aos pobres e um ambiente de relacionamento. Apenas um espaço para espetáculo de massas.

Escrevam o que estou dizendo: em pouco tempo se instituirá o sacrifícios de animais para remissão de pecados ali dentro...

Por amor ao Deus verdadeiro, alertem aqueles que estão sendo enganados! Confrontem com a Palavra, confrontem com Cristo e o Evangelho e tentem achar algo que se assemelhe a fé pura, sem objetos, sem vendas, onde tudo é dado sem esperar nada em troca. O véu do templo foi rasgado de cima abaixo um pouco antes da morte de Jesus, ele foi o sacrifício único e definitivo! Não precisamos de templos, objetos, intermediários ou sacrifícios para nos achegarmos a Deus, CRISTO É O ÚNICO CAMINHO: "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, SENÃO POR MIM". João 14:6

Sobre templos:
"E, saindo ele do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras, e que edifícios! E, respondendo Jesus, disse-lhe: Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada." Marcos 13:1-2
"Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?" 1 Coríntios 3 :16
"O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor do céu e da terra, e não habita em santuários feitos por mãos humanas." Atos 17:24
Sobre sacrifícios:
"Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás". Salmos 51:17
"O Senhor detesta o sacrifício dos ímpios, mas a oração do justo o agrada". Provérbios 15:8
"Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês". Romanos 12:1
Sobre mentira e enganação:
"Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos!". Marcos 13:22
Edir Macedo, o fim de tudo isso está próximo. Arrependa-se enquanto há tempo! Trago à você uma exortação do próprio Cristo: "Vês estes grandes edifícios, [vê o seu mega templo]? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada." Marcos 13:2
 
Felipe e Dani Marques

CONVERTIDO UMA OVA!

 
"Nossa, o fulano estava gritando e caído no chão! Ele estava cheio de Deus!"

Parafraseando um personagem do Pica-Pau, nunca antes na história dessa "indústria vital" o conceito sobre estar cheio de Deus esteve tão deturpado.

Como discernir, com base Bíblica, que uma pessoa é realmente cheia de Deus?

"Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!" 2 Coríntios 5:17

Primeiro, "cheio de Deus" indica um modo de vida, não um comportamento momentâneo. Portanto, não é correto utilizar a expressão "o fulano está cheio de Deus", mas sim "o fulano é cheio de Deus". Quem está em Cristo não "está" nova criatura, ela "É" nova criatura, compreende? É o tal do "se converter", da metanoia, mudança de mente. O caminho de morte foi deixado para trás. O convertido vive em novidade de vida, pois houve a reconciliação com o Deus criador através de Cristo Jesus:

"Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus." 2 Coríntios 5:18-20

A pessoa reconciliada, e portanto cheia de Deus, torna-se portadora da mensagem da reconciliação: "Reconciliem-se com Deus!" E mais do que isso, ela VIVE o ministério da reconciliação com seu esposo, filhos, amigos, colegas e inclusive com a natureza. Ela promove a paz em suas palavras e ações e tem o amor como cumprimento de toda a Lei.

Milhares de cristãos (católicos e protestantes) vivem sob as asas da religiosidade. Batem ponto nas missas e cultos, ofertam, participam de cargos de liderança, são fieis à todas as programações, mas não tiveram sua mente e consciência transformadas, e a religiosidade acaba sendo um grande empecilho para que enxerguem este fato, pois as "boas obras" encobrem a mentira em que vivem. Como bem disse o velho diabo Fitafuso ao seu sobrinho aprendiz Vermebile: "Quanto mais religiosos, melhor!" (quem leu "Cartas de um diabo a seu aprendiz - C. S. Lewis", entenda)

Aquele que está em Cristo crucifica o velho homem todos os dias: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me". Mateus 16:24. E depois da crucificação, há o sepultamento e a ressurreição: "Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova". Romanos 6:4

Pode pipocar, pode gritar, chorar, rolar no chão e até voar, se não demonstra o caráter de Cristo através do seu testemunho de vida, se não transparece o reconhecimento do pecado, se não luta vorazmente contra sua carne, não me engana não!

"E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros. Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo. Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós, Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo." Efésios 4:24-32

A maior prova de que um ser humano está cheio de Deus e portanto vive em novidade de vida, é o amor. À Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ele mesmo, pois o amor é o cumprimento da lei: "Pois estes mandamentos: "Não adulterarás", "não matarás", "não furtarás", "não cobiçarás", e qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: "Ame o seu próximo como a si mesmo". O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da lei." Romanos 13:9-10

Ah Dani, mais ele é ungido, profeta, apóstolo, faz milagre, fala em línguas, cura, toca no louvor.... Não adiante, não me convence!

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá". 1 Coríntios 13:1-3

O novo homem, o convertido, o ser cheio do Espírito Santo de Deus, é paciente, é amoroso e bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta... (1 Coríntios 13:4-7). É um discípulo de Cristo, é cristão, é um pequeno Cristo. O humano cheio de Deus vai olhar para as práticas da carne e vai odiá-las, renegá-las e lutar com todas as forças contra cada uma elas: "E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito." Gálatas 5:24-25

Quer uma dica de como reconhecer um falso cristão? Ofereça-lha poder. Ofereça-lhe dinheiro. Ofereça-lhe fama. Veja como trata seus subordinados. Como trata a esposa e filhos. Como reage a um não. É honesto? É humilde? Trata a todos com igualdade? É servo? "Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios." Romanos 12:10

Mostre-me tua vida, e eu te direi quem és.

Dani Marques

terça-feira, 29 de abril de 2014

EU NÃO ENVERGONHO O EVANGELHO


 


 Está rolando nas redes um movimento chamado "Eu não me envergonho do evangelho", onde a pessoa é desafiada a compartilhar um trecho do evangelho através de um vídeo, e no final, desafiar outras pessoas do seu círculo de amizade a prosseguirem com a "corrente". Imagino eu que este movimento tenha sido inspirado pelo versículo de Romanos 1:16: "Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...", mas percebo que algumas pessoas que participam da tal "corrente" mal sabem o significado da palavra "evangelho", por isso, quando chegou a minha vez de participar, ao invés de apenas compartilhar um versículo, resolvi dividir com meus amigos aquilo que aprendi sobre o Evangelho da Salvação.


Evangelho quer dizer boa nova, boa notícia. E que boa notícia é essa? Muitos acham que Evangelho é sinônimo de Bíblia, mas preciso dizer que se Jesus fosse retirado da Bíblia, ela se tornaria um livro de histórias como outro qualquer. A história do povo judeu não faria sentindo e muito menos os profetas e suas profecias. E o que dizer das cartas de Paulo? Sem a vinda de Cristo, elas não teriam sido sequer redigidas. Portanto, é bom que se saiba que Jesus, aquele revelado nos quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) é o centro da Bíblia, ou seja, todo o restante das Escrituras deve ser lido a partir dele. Por isso aconselho aos que estão começando na fé, que iniciem a leitura Bíblica pelos quatro Evangelhos, pois assim, todo o restante fará sentido.

RESTITUI! EU QUERO DE VOLTA O QUE É MEU!


"Deus vai restaurar!", "Determine!", "Senhor restitui! Eu quero de volta o que é meu!"

Fico aqui pensando com meus botões, a que Deus estas pessoas estão clamando? Ao 'deus orelhão', que precisa de fichas para funcionar? Ou ao 'deus marionete', que depende de nossos movimentos para agir? Se você tem orado/rezado nesse sentido ou frequentado comunidades onde esse tipo de comportamento é ensinado e estimulado, toda atenção é pouca! O deus da barganha, que só se move através do dízimo, reza braba ou pagamento de promessas, pode ser o seu deus, o deus da sua crença, da sua religião, mas não é nem de longe o Deus da Bíblia, aquele revelado em Jesus!


Me preocupo com as multidões vulneráveis, que no desespero por um milagre, acabam sendo ludibriadas pelos falsos pastores com suas falsas sabedorias. Anunciam um Deus de mentira, usam a Bíblia, falam em nome de Jesus e conscientemente escondem de suas suas ovelhas que muitas vezes a cura não chega, o emprego não aparece, o casamento não é restituído e o milagre não acontece. E aí? Como é que fica a fé do irmão que depositou todas as suas fichas no deus orelhão?

O DEUS DAS SETE PALAVRAS DA CRUZ


Muitas igrejas realizam anualmente a cerimônia das "Sete Palavras da Cruz". Este tradicional evento, celebrado comumente nos dias que antecedem a Páscoa, foi inspirado nas sete últimas frases proferidas por Cristo antes de sua morte. Confesso que, mesmo depois de mais de vinte anos escutando ano após ano o significado de cada uma delas, não me tornei uma pessoa melhor, quem sabe um pouco mais informada, nada mais do que isso. Não que este evento seja de todo ruim, mas a partir do momento que o verdadeiro significado da cruz tomou sentindo em minha vida, o ritual se tornou desnecessário (para não dizer enfadonho), pois o Jesus que proferiu cada uma dessas frases passou a fazer parte da minha existência, e isso é indiscutivelmente maior. E foi através deste encontro transformador que passei a entender e viver o sacrifício feito por Cristo na cruz. Sete palavras ou dez? Não importa! A verdade da cruz vai muito além das palavras, números ou tradições, e se traduz em: