quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Homem profundo




Meu filho
Meu menino
Meu homem

Em sua dependência para o menor que seja, te vejo repousando tão sereno, tão pequeno, tão em paz
Seus gemidos são cantos que refletem um sossego só de quem tem apego ao colo que apraz

Se encolhe e se estica, se faz dizer ao se espremer
Se mostra firme sem nenhuma força
No seio materno que o fortalece e o satisfaz

Meu filho
Meu menino
Meu homem

O que o encomoda? Não ao som da viola...
O que quer mudar? Passeios no colo para observar

Sim, para observar, não simplesmente olhar
No mais profundo azul do oceano, olhos atentos querem mais
Sim, para observar, manchas talvez, mas com a convicção do mais profundo olhar

Meu filho
Meu menino
Meu homem

Ando em direção ao profundo que diz ao meu mundo
Cheguei

Homem-menino André, assim como seu nome é
Olhos atentos então, observam o mais profundo do coração


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