Outro dia abri uma gramática me deparei com uma relação de substantivos coletivos e observei o significado de assembléia: reunião de parlamentares, membros de uma associação. Para quem é crente antigo como eu, logo vem à mente a denominação Assembléia de Deus, ou a assembléia dos santos, dos anciãos, ou do Senhor, mencionada na bíblia.
O fato é que, por ser oriundo da igreja metodista, não é um termo que costumo usar corriqueiramente. Aliás, nunca me refiro à igreja como assembléia, pois acabo por relacionar como uma reunião de parlamentares mesmo e isso não soa nada agradável ou, infelizmente, digno.
Também vi na gramática o coletivo congregação: reunião de religiosos, de professores... Me parece que congregação é um termo mais comum, apesar de que também pode-se remeter ao grupo da Congregação Cristã do Brasil e, não, não sou a favor daqueles rigores legalistas dos quais eles seguem. Além do que, por definição metodista, a congregação é uma igreja em formação, que ainda depende de uma outra comunidade para caminhar, precisa ainda de apoio, ou seja, uma igreja com pouca estrutura organizacional.
Mas a verdade é que no final os dois coletivos querem passar a idéia de reunião de pessoas para determinado fim, com propósitos em comum. Aliás, igreja também é um coletivo com o mesmo sentido, com a mesma idéia de ajuntamento. Esse negócio de achar que igreja já vem com a carga de cristandade já no termo é coisa do nosso condicionamento mental ocidental, pois o termo grego, ekklesia, se referia a qualquer tipo de ajuntamento de pessoas.
Taí, igreja, assembléia, congregação, fique com o termo que você quiser, só não escolha outro coletivo que li nessa mesma lista: choldra.
Porque não é de hoje que muitas assembléias são tomadas de choldras e muitas congregações são manipuladas pelas choldras.
Aí, usa-se o poder da palavra, travestida de Palavra de Deus, para ser choldra, corja: canalhas, patifes, ordinários, estelionatários, seres repugnantes.
Me atrevo a dizer que no meio evangélico a maior parte dos líderes religiosos são esses politiqueiros, interessados em poder, grana, status; e para isso não medem esforços em comandar rebanhos inteiros das formas mais diabólicas que se podem encontrar. Sei que isso é comum em muitas outras religiões, mas vou ater-me ao meu quadrado, já diria aquela linda canção...
Por isso prefiro agir e estar pelas beiradas. Por isso quero seguir no Caminho, aprendendo com quem quer ensinar a centralidade do evangelho, Cristo, e não se deixa levar por interesses que não são do Reino. Não quero compactuar com nenhuma choldra.
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