Uma conhecida passa por crise no casamento. Está deprimida, pois foi traída pelo marido. Procurou a umbanda para solucionar seus problemas. Lá, 'rezou' o Pai- Nosso, tomou banho de pipoca e disse ter saído se sentindo ótima. O que dizer a ela?
Rev. Antônio Carlos Costa
Fazer teologia em cima de experiência é um erro. Teologia é uma ciência que deve ser elaborada com base em doutrina revelada nas Escrituras Sagradas, jamais na experiência humana. O conhecimento da verdade deve ter como fundamento, a solidez do ensino dos profetas e apóstolos - o Antigo e o Novo Testamento -; em hipótese alguma, a areia movediça das experiências humanas.
Uma pergunta como essa é ótima, porque lança grande quantidade de luz sobre a qualidade do cristianismo que vivemos em nossas igrejas. Para o evangélico comum, é óbvio que essa pessoa não teve uma experiência com Deus, pois Deus jamais haveria de se revelar ao homem numa sessão de macumba, através de crendice pagã -banho de pipoca, verdadeiro ultraje à dignidade humana -, e com sua Palavra sendo usada sem entendimento algum. O fato de a moça se sentir melhor, não quer dizer nada, em razão do fato de seu alívio psicológico não ter como causa uma real apreensão intelectual da verdade, capaz de atingir o coração e mover a vontade. Bom, pelo relato tão sucinto da experiência, essa seria também a minha conclusão.
Aquilo em que difiro do que em geral é capaz de fazer a leitura supracitada, é na certeza que tenho de que esse tipo de experiência acontece dentro das nossas igrejas. O ritual é outro. Sabemos, bem diferente. Mas, o engano é o mesmo.
Nas igrejas do nosso país, milhares têm passado por experiências sem a mínima relação com a verdade. O argumento usado para defender o que é feito nessas igrejas em nome do cristianismo, é da mesma natureza das justificativas usadas para se defender as experiências que um número infindável de pessoas têm nas seitas. Elas relatam haver experimentando grande paz e alívio.
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