segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Vocação

 Quando alguém se converte a Cristo, para de sofrer...

Por si!

Quando alguém se converte a Cristo, passa a sofrer...

Pelo outro!

Quando alguém se converte a Cristo, em tudo, passa a dar graças...

Por si!

Quando alguém se converte a Cristo, passa a se sacrificar...

Pelo próximo!
(Texto extraído do Blog do Ari!)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Você conhece um pastor?

No meio evangélico, a figura do pastor em uma igreja chega a ser mítica. Se é uma igreja com milhares de membros então, nem se fala. Chega a ser intocável. Se faltam ídolos de madeira, sobram ídolos de carne. E não é só isso, a sua palavra é lei! Com os seus poderes divínos, este deus tem o poder de decisão sobre a vida de seus comandados. Sim, vida. Pessoal, profissional, se casa, se separa, se compra um carro, ou se o entrega para o seu próprio pastor. Claro, isso é um ato de "fé".

Mas existem outros tipos de pastor. Tem aquele que se preocupa mesmo com os seus membros... se a frequência em seus templos está em dia ou se eles andam se "desviando". São aqueles que medem a fé de suas ovelhas pelo muito "estar" e muito participar. Ah, como isso deixa o pastor feliz... E se o número de ovelhas aumentar em seu rebanho, vem aquele orgulho em apresentar um belo relatório com gráficos e planilhas mostrando o crescimento nos últimos 3 anos. É de se orgulhar!

E tem aquele pastor que é dedicado a pregar a palavra... desde que seja no púlpito. Desde que o auditório esteja repleto. Desde que seja para pregar para crentes, porque pregar para incrédulos é muita "opressão". Orar em locais públicos é um acinte! "Mas o meu gabinete está disponível", o local de poder do pastor.

Em minha vida, conheci muitos pastores, sim, pastores profissionais, que conduziam uma comunidade inteira sozinhos, resolvendo diversos problemas da estrutura e da membresia. Outros nem tanto. Mas em minha vida mesmo conto nos dedos quem pastoreou em minha vida. E nesse momento coloco o que, para mim, é pastor.

Pastor para mim é aquele cara que te pergunta se você está bem olhando nos seus olhos com interesse genuíno. Pastor para mim é aquele cara te aconselha sem ser incisivo, não o forçando a nada. Pastor para mim é aquele cara que te dá umas broncas e levanta possíveis consequências do seu ato, sem arrogância, com um amor tão claro, que você compreende em suas palavras as palavras de Cristo. Pastor para mim é aquele cara que te conduz ao crescimento espiritual e pessoal. Pastor para mim é aquele cara que te convida para um café e nesse café conversa sobre tudo, menos sobre igreja. Pastor para mim é aquele cara interessado em pessoas, não em coisas. Pastor é aquele cara que pensa no indivíduo e não na multidão.

Agora, você pode estar se perguntando se eu conheço alguém assim. Sim, conheço. E, pasmém, ele não é pastor! Chamo-o pelo nome. Ele não tem essa nomenclatura e nunca buscou tê-la. Ele simplesmente é, por dom, vocação. Conheço a sua vida, a sua família, conheço a sua casa. Bem humano, normal. Sei que muitos dos que são pastores com esse título também são pastores de verdade, mas arrisco dizer que, pelo menos no Brasil, são poucos.

Portanto, o desafio é reconhecer um pastor como um dom e não como um profissional, um ser superior, um mágico, ou sei lá o que... pois ele não tem nada demais além de um dom dado por Deus, para o crescimento do corpo no qual ele, o pastor, faz parte.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Religião

Religião em seu significado, segundo o dicionário Michaelis:

religião
re.li.gião
sf (lat religione) 1 Serviço ou culto a Deus, ou a uma divindade qualquer, expresso por meio de ritos, preces e observância do que se considera mandamento divino. 2 Sentimento consciente de dependência ou submissão que liga a criatura humana ao Criador. 3 Culto externo ou interno prestado à divindade. 4 Crença ou doutrina religiosa; sistema dogmático e moral. 5 Veneração às coisas sagradas; crença, devoção, fé, piedade. 6 Prática dos preceitos divinos ou revelados. 7 Temor de Deus. 8 Tudo que é considerado obrigação moral ou dever sagrado e indeclinável. 9 Ordem ou congregação religiosa. 10 Ordem de cavalaria. 11 Caráter sagrado ou virtude especial que se atribui a alguém ou a alguma coisa e pelo qual se lhe presta reverência. 12 Conjunto de ritos e cerimônias, sacrificais ou não, ordenados para a manifestação do culto à divindade; cerimonial litúrgico. 13 Filos Reconhecimento prático de nossa dependência de Deus. 14 Filos Instituição social com crenças e ritos. 15 Filos Respeito a uma regra. 16 Sociol Instituição social criada em torno da idéia de um ou vários seres sobrenaturais e de sua relação com os homens. 17 Mística ou ascese. R. do caboclo, Reg (Rio de Janeiro): prática feiticista negra a que se misturam entidades da mística ameríndia. R. do Estado: a professada oficialmente por um Estado sem que, com isso, seja proibida ou impedida a prática das outras. R. natural: a que se baseia somente nas inspirações do coração e da razão, sem dogmas revelados; a religião dos povos primitivos. R. naturalista: veneração ou adoração religiosa da natureza nos animais, nos astros etc.; panteísmo. R. reformada: o mesmo que igreja reformada. R. revelada: a que, como o cristianismo, se baseia numa revelação divina conservada pelas Escrituras Sagradas e pela tradição. Ciência das religiões: estudo das religiões como fenômeno humano universal; pode-se considerar seu aspecto histórico (história das religiões), psíquico (psicologia da religião) e social (sociologia da religião). Filosofia da religião: tratado das questões relativas à sua essência e verdade.

Dentre todas essas explicações para o termo, o único mais próximo daquele que quer seguir a Jesus Cristo e reconhece-o como mestre, Senhor e o único capaz de realmente nos religar a Deus é, ainda que de forma raza, a segunda explicação. Daí a dificuldade de dizermos então que temos uma religião, apesar de a termos. Sim, porque Nele vivemos, nos movemos e existimos. Sim, temos uma religião que é Jesus Cristo, pois "ninguém vem ao Pai senão por mim", nas palavras do carpinteiro. E se nossa religião é Cristo e de tudo Nele queremos imitar (ainda que nosso espelho esteja rachado), então o nosso único dogma é o Amor. E o nosso rito é de que não temos rito. E que nossa adoração é "vivermos do jeito de Deus", como diria Ariovaldo Ramos.
Pronto. Acaba aqui. Aquém disso, para quem realmente quer seguir a Cristo, é entulho, peso, bagagem desnecessária. Aquém disso, passa a ser as outras 16 explicações para o termo religião. Passa a ser aquilo que a grande maioria encara como tal. Dessas todas outras eu tô fora.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Atualização antiga...

Tive a oportunidade de ir ao III Fórum de Cristianismo Criativo, realizado no último dia 10, com a participação de Gerson Borges e o lançamento de seu CD Nordestinamente. O que eu posso dizer, além de que vale muito a pena conhecer o trabalho extremamente acurado desse carioca, pastor, poeta, educador, ou, como ele mesmo se define, pastoetador.

Este post era para ter entrado já há duas semanas, mas como eu queria colocar também as fotos que eu tirei e só consegui tê-las em mãos agora, segue essa atualização antiga.

 
 

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sociedade dos Poetas Vivos

"Hoje, 8 de novembro, acordei bem cedo e me lembrei de que o Sérgio Pimenta estaria fazendo aniversário. Pouco tempo depois, recebi a notícia do falecimento do Jorge. Assim, a sociedade de poetas VIVOS aumenta no céu." Nelson Bomilcar

Jorge Rehder. Jorginho. Doutor Jorge. Jorge. Posso dizer que conheci um pouco de todas essas denominações dadas a ele. O compositor, o ministro de louvor na comunidade local, o dentista e o marido da Marilda, pai da Carol e da Marina que foram companheiras minhas de escola dominical. Mais tarde, seria o tio de consideração da minha esposa.

Mas para mim, era o Jorginho. Jorginho porque foi como todos chamavam aquele ministro de louvor da igreja metodista em Santo Amaro, local onde cresci e o vi tocar e cantar, junto com os diversos grupos liderados por ele em nossa comunidade.

Na minha infância, mamãe levava meu irmão e eu para as consultas periódicas com o dentista dr. Jorge. Ainda tenho em minhas lembranças o seu consultório...

No início da década de 1990, Jorginho se uniu ao Nelson Bomilcar para caminhar na Comunidade Projeto Raízes, saindo do convívio comum daqueles que estavam na igreja metodista em Santo Amaro, dentre eles, eu. Naquele momento, a formação musical de nossa comunidade estava toda firmada naquilo que o Jorginho havia deixado, ou seja, música de qualidade e composições tocantes, verdadeiros salmos vindos do Jorge Rehder, do Camargo, Bomilcar, Kerr, Pimenta, entre outros.

Aliás, Vencedores por Cristo sempre foi audição obrigatória em minha família, principalmente com o meu tio Maurinho, grande amigo do Jorginho e assim foi até a ida do meu tio para o Pai, no ano 2000.

Ainda tive contatos na minha adolescência, como um memorável acampamento de adolescentes da metodista em que o Jorginho foi um dos preletores por volta de 1998, além de visitas exporádicas ao Raízes.

Em 2002, meu grupo de TCC da faculdade era formado por cristãos e o tema do nosso trabalho foi música cristã e, pela aproximação, pegamos diversos depoimentos do Jorginho sobre o andamento da música cristã naquela época, que por sinal, já estava entregue ao mercado fonográfico e pouca coisa se salvava para os ouvintes que amavam música e Cristo.

Em 2003, me casei com a Dani, que é sobrinha de consideração do Jorginho. As meninas dele cresceram juntas com a minha esposa e minha cunhada e, a partir desse momento, sempre me encontrei com ele nas reuniões familiares da minha esposa. Assim, pude conhecer simplesmente o Jorge. Jorge da família, com todas as qualidades e defeitos, como qualquer um. Jorge humano, Jorge pai, Jorge pastor, Jorge mestre, Jorge piadista, Jorge sério.

São muitas memórias. Te vejo, poeta...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Lembranças com muito carinho

Hoje, dia 6 de novembro de 2009, se ainda estivesse em nosso mundo, minha avó Esther completaria 81 anos de idade. E não escrevo esse texto para expressar um sentimento saudoso corroido, penoso. Não, esse texto é uma afirmação da alegria de ter tido uma avó tão doce, tão sincera, tão amiga, tão zelosa, tão carismática e muitos outros adjetivos que fariam uma lista imensa!

Não havia quem não simpatizasse com aquela senhora alegre e falante, boa de papo, que conversava com todos os vizinhos, inclusive com aquela japonesinha quietinha que morava do lado da D. Ilda. Sempre prestativa e servil, não media esforços para visitar os doentes de nossa comunidade. Ela e sua inseparável e amável amiga D. Nena. Ou para mim, tia Nena.

Quando íamos ao nosso apartamento na Praia Grande, sua marca era fazer chá mate gelado para toda a família, inclusive para matar a nossa sede em meio aos momentos salgados que estávamos nas praias.

Fora as comidinhas... de tempos em tempos éramos presenteados com sua casquinha de siri que até os meus 14 anos eu insistia em dizer que não gostava, mas depois que eu aprendi a gostar.... hmmmm...

Teria muito mais pra escrever da minha vózinha, foram 7 anos morando com ela até ela partir para a glória. Uma coisa eu sei: será muito bom reencontrá-la um dia...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Sim, Deus é amor acessível


Se eu pudesse arrancar de mim todos os meus pensamentos, meus sentimentos, minhas emoções, enfim, se meu coração pudesse ser suplantado em forma de palavras (o que é humanamente impossível, pois a escrita é limitada demais para a complexidade do nosso interior), o que me viria à mente para transcrever Deus seria Amor. Mas não creio que esse sentimento seja entendido hoje em dia com o poder que ele realmente significa. Hoje, o amor já não ressoa como algo suficiente para motivar o ser humano a simplesmente querê-lo.

Amar é um sentimento. Mas só o é para nós, que temos um separador enorme dentro de nós que não permite mergulharmos profundamente no Ser e ficamos apenas no Estar. Esse separador, o desejo intrínseco de querer Ser por si só, ou seja, se autoafirmar como sustentador de todas as suas vontades, sem uma visão universal, maior, de energia compartilhada. Enfim, trocando em miúdos, esse separador é o que grande parte dos seres humanos, principalmente daqueles que possuem em sua formação uma cultura teosófica catequisadora, precipitou em chamar de pecado. Sim, porque o não-pecado se resumiu simplesmente em seguir uma cartilha para não fazê-lo. Assim, se eu cumprir essa cartilha, estarei agradando o meu "Deus" e, logo, o único meio de assim "andar" com Ele.

Mas, como dito antes, se a nossa ligação com Deus se rompe na nossa insuficiência de reconhecer o Amor como algo maior que um sentimento, o que nos resta meramente é admitir que somos categoricamente pecadores! Sendo assim, o que nos resta também é nos distanciarmos veementemente desse Deus que É algo que em nós é impossível.

Então, passo a escrever desesperadamente sobre algo inalcançável justamente por reconhecer o sinônimo de Deus como Amor. Mas, se tudo isso está dentro de mim, por mais que eu não consiga exprimir da forma correta, quem então gerou esse Ser que está enraizado em minhas víceras?? Da onde vem tamanho desejo de explodí-lo esse algo tão internalizado?

Acabo caminhando em direção a um discurso feito por um pescador, sobre um homem: "A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis...", ou ainda nas palavras desse próprio homem, Jesus: "Eu e o pai somos um".

Ora, sendo Jesus um com Deus, mas estando entre nós, fez sinais e prodígios, tocou pessoas, chorou com umas, alegrou-se com outras e ainda disse: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." E mais isso: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele."

Manifestar-se àquele que o ama? E Deus é quem amou o mundo? E o que me faz amá-lo senão Ele mesmo, já que Ele, Deus, É isso?! Até me lembro daquele antigo slogan de refrigerante que, por falta de adjetivos, resumia-se: "Coca-Cola é isso aí". Deus é isso aí: Amor é isso aí. Manifestação em nós é o próprio amor.

E, para terminar, lembro então das palavras de Paulo, o apóstolo, que diz: "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação." E, nesse texto, vemos a total vocação do Amor que, por Jesus Cristo, não levou em consideração o pecado a nós pungente, mas então preferiu se manifestar como Ele É, para que pudéssemos alcançá-Lo de forma imerecida, simplesmente porque Amor ama.

Portanto, amigos, Jesus está aí para te reconciliar em amor com o Pai. Sabe por quê? Ah, esse Deus que insiste em amar gente...

PS: Falar sobre o amor de Deus (ou Amor que É) poderia render posts para o resto da minha existência aqui na terra, com muitas e alegres considerações. Devo escrever muito mais sobre isso...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Pão tostado

Um dia qualquer, manhã, bem cedo.
Leite na leiteira, boca superior esquerda acesa.
Pão de forma, margarina com sal, tostadeira, boca inferior esquerda acesa.

Olhar fixo no leite, olhar fixo no pão.
Esquenta de um lado.
O leite quase fervendo, boca esquerda superior apagada.

Caneca, leite, café na garrafa térmica.
O pão, o pão, vira.
Passou o ponto.

Caneca, café com leite, fumegante.
Sol na janela, olhos distantes, olhos voltantes.
O pão, o pão, vira.
Passou o ponto.

Amanhã uma nova oportunidade.
Aprendizado diário.
Um dia qualquer...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Entre Colchetes (Ariovaldo Ramos)

A mulher respondeu:

— Agora eu sei que o senhor é um profeta! Os nossos antepassados adoravam a Deus neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o lugar onde devemos adorá-lo. Jo 4.19,20

[Desculpe-me, por entrar na conversa. Mas, quando você desconfiou que ele era profeta; já que você diz “agora eu sei que o senhor é profeta”?

A mulher respondeu:

Quando ele disse que se eu soubesse o Deus tem para dar, e quem era o que me pedia, eu lhe pediria e ele me daria água da vida. Entre nós, água da vida é um rio de águas correntes, e também lugar apropriado para batismo, para a purificação. Ele estava me chamando a atenção para questões espirituais. Por isso eu perguntei se ele era maior do que o nosso pai Jacó. Com o que ele falou sobre mim, a desconfiança virou certeza.

Ah! Grato! Saio como se não tivesse entrado.]

Jesus disse:

— Mulher, creia no que eu digo: chegará o tempo em que ninguém vai adorar a Deus nem neste monte nem em Jerusalém. Vocês, samaritanos, não sabem o que adoram, mas nós sabemos o que adoramos porque a salvação vem dos judeus. Mas virá o tempo, e, de fato, já chegou, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e em verdade. Pois são esses que o Pai quer que o adorem. Deus é Espírito, e por isso os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade. Jo 4.21-24

[Intrometendo-me, de novo... Jesus! Ela mudou de assunto? E o Senhor a acompanhou?

Jesus respondeu: Pergunte a ela, se ela, de fato, mudou de assunto!

A mulher respondeu:

Não mudei de assunto, não! Adorar a Deus é viver do jeito de Deus, segundo a lei, e quando a gente tropeça na lei, adorar é ir pedir perdão, o mais rápido que a gente puder; e ir ao templo ou ao altar no monte Gerisim levando um cordeiro ou um pássaro, que será sacrificado para que a gente possa ser perdoado. O profeta me chamou a atenção para o fato de que estou em débito com Deus. Eu lhe disse que ninguém sabe onde, de fato, a gente pede perdão a Deus: no monte Gerisim, como nos ensinaram os nossos pais, ou em Jerusalém, como ensinaram os pais dele. Ele disse: em Jerusalém, mas acrescentou: a partir de agora é em qualquer lugar, a partir de mim mesma.

Entendi. Espero não atrapalhar mais.]

A mulher respondeu:

— Eu sei que o Messias, chamado Cristo, tem de vir. E, quando ele vier, vai explicar tudo para nós. Jo 4.25

[Cá estou, de novo... Por que você diz que vai esperar pelo Messias? A palavra do profeta não basta?

A mulher respondeu:

Veja! O profeta está mudando coisa demais! Ele está dizendo que para eu pedir perdão a Deus eu não preciso mais ir ao templo de Jerusalém, ou ao altar no monte. Ou seja, ele acabou de destruir o templo e o altar! E, mais, quem vai morrer em meu lugar? Ele acabou de abolir o sacrifício! É mudança demais! Ele está mexendo em questões sagradas! Só o Messias tem autoridade para tanto.

Entendi, faz sentido, realmente, é mudança demais! (Eu sabia quem ia morrer, ou melhor, já tinha morrido no lugar dela, mas não quis atropelar o processo, já tinha me intrometido demais)]

Então Jesus afirmou:

— Pois eu, que estou falando com você, sou o Messias. Jo 4.26

[E agora, minha senhora? Ops! Desculpe! Eu de novo! O homem disse que ele é o Messias, portanto, quem tem autoridade para mudar todas as coisas... O que você fará?

A mulher respondeu:

Eu? Vou correndo contar para todo mundo que o Messias chegou, e a gente pode, então, pedir perdão a qualquer hora, do nosso coração para o coração de Deus, e ser perdoado! O Messias chegou! E a Liberdade está ao alcance de um grito: Perdão, Deus! Perdão!]

Interessante! Para os daquele tempo, adorar era pedir perdão! Quer dizer: era viver de acordo com a lei e pedir perdão, o mais rápido possível, se quebrasse a lei. Para nós é elogiar a Deus. Quem estará certo?

Deus é o criador, nós, criaturas. Logo, menores que Deus. Deus é infinito, nós, finitos. Logo, infinitamente menores que Deus, porque tudo o que é menor do que o infinito é infinitamente menor.

Então, todo o elogio que fazemos a Deus é infinitamente menor do que ele é de fato. Seja amor, bondade, misericórdia... tudo, em Deus, é infinitamente maior do que conseguimos dizer ou perceber.

É... A palavra da gente só encontra Deus quando pedimos perdão, quando reconhecemos que Deus está certo e a gente em erro e lhe pedimos que nos perdoe.

Eles estavam certos!

Adorar, portanto, é viver do jeito de Deus. Toda vez que a gente não vive assim, seja em sentimento, pensamento, palavra e ações, a gente deve pedir perdão. Cada vez que a gente pede perdão o Espírito de Deus nos comunica o perdão da Trindade e nos leva na retomada do caminho de viver do jeito de Deus (1Co 3.18) . O Messias fez o necessário para que possamos ser perdoados e reconduzidos ao caminho.

Hoje, viver do jeito de Deus é viver como Jesus de Nazaré, em quem a gente vê Deus como é e a gente como a gente deve ser. Jesus é o caminho de vida em que, pela graça, somos repostos quando pedimos perdão!

(Texto extraído do Blog do Ari!)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Origens...

Tenho em minhas origens no Evangelho já em meus bisavós, presbiterianos que, por circunstâncias de moradia, acabaram por se afixar em porto metodista.

Desde então, essa "herança" metodista foi passada por meus avós maternos à minha mãe e, por fim, ao meu irmão e a mim.

Trouxe essa herança comigo e, ainda hoje, frequento uma comunidade metodista (listada em minhas recomendações internéticas), só que minha mente e meu coração deixou de ser denominacional proselitista já faz alguns (poucos) anos.

Se antes eu queria uma igreja metodista com uma doutrina melhor que as outras denominações, hoje eu só quero saber que lá existem irmãos!

Se antes eu queria pastores que pregassem a palavra de forma impactante, onde eu pudesse levar outros para que lá ouvissem do Evangelho, hoje eu quero pregar o que vivo e sinto em Cristo!

Se antes eu queria levar pessoas para a igreja, hoje eu quero levar a igreja para as pessoas!

Se antes eu achava que se deixasse de ir para a igreja por alguns domingos eu estava me afastando do Senhor, hoje eu creio no poder daquele que estava nas ruas, nas casas, nas sinagogas, no inferno pregando o Evangelho! Ele vive em mim, não importa aonde eu esteja!

Se antes minha cabeça se limitava a ver a igreja e seus departamentos como algo fundamental para o cristianismo, hoje vejo que a igreja só a é se estiver proclamando para o mundo!

E quando assim senti em meu coração essa dimensão de vida no Evangelho, percebi que isso não é nada novo. Parece-me que na inglaterra do século XVIII um certo homem chamado John Wesley tinha esse mesmo sentimento... Quem? Ah, o fundador do movimento metodista...

A título de curiosidade, leia.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Superando o mal


Estava lendo o sermão da montanha no relato de Mateus e cheguei no 'Pai Nosso': e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. E, um pouco mais adiante: basta cada dia o seu mal.

Sabemos (ou deveríamos saber) de nossas limitações físicas, psicológicas e até espirituais. E ainda: somos incapazes de deter o imprevisível, com tudo o que está além de nosso alcance: perdas, tristezas, acidentes, fatalidades... e é aí que vemos a mão de Deus, pois é Ele quem nos dá a direção para que, depois que estamos vivenciando o mal que nos cerca nesse mundo tenebroso, conseguimos nos LIVRAR dele.

Muitos dos crentes acreditam que, após a sua conversão, Deus tem a obrigação de não permitir que mais nada de errado aconteça a ele, mas se esquece que o crente em Jesus Cristo é aquele que consegue enxergar além do problema, do mal, pois o cuidado de Deus é acima de tudo, ou como diria o apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos: "Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor."

Ora, superar o mal é isso: saber que ele já foi superado, pois vivemos para o eterno, para algo muito maior, que nos faz sempre olhar além. Obrigado, Jesus.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Neopaganismo evangélico

Vale a pena ler esse artigo publicado na Folha. Como ser igreja, sem ser comunidade? E como ser igreja, sem ser de Jesus? Essas igrejas combatem as religiões afro-descendentes simplesmente porque são suas concorrentes e não o seu contra-ponto. Entre outras coisas... leia!


José Arthur Gianotti
Prof. emério USP
fonte: Folha de São Paulo
Suplemento Mais 02/09/2009



Teologia pentecostal se afasta da tradição judaico-cristã ao atribuir ao mal uma potência independente de Deus e dos homens, afirma José Arthur Giannotti, professor emérito da USP e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 02-08-2009.

Eis o artigo.

Estava passeando pela TV quando dei com um culto da Igreja Mundial do Poder de Deus. Teria rapidamente mudado de canal se não tivesse acabado de ler o interessante livro de Ronaldo de Almeida, "A Igreja Universal e seus Demônios - Um Estudo Etnográfico" [ed. Terceiro Nome, 152 págs., R$ 28], que me abriu os olhos para o lado especificamente religioso dos movimentos pentecostais. Até então, via neles sobretudo superstição, ignorando o sentido transcendente dessas práticas religiosas.

No culto da TV, o pastor simplesmente anunciou que, dado o aumento das despesas da igreja, no próximo mês, o dízimo subia de 10% para 20%. Em seguida, começou a interpelar os crentes para ver quem iria doar R$ 1.000, R$ 500 e assim foi descendo até chegar a R$ 1.

Notável é que o dízimo não era pensado como doação, mas simplesmente como devolução: já que Deus neste mês dera-lhe tanto, cabia ao fiel devolver uma parte para que a igreja continuasse no seu trabalho mediador. Em suma, doar era uma questão de justiça entre o fiel e Deus.

Em vez de o salário ser considerado como retribuição ao trabalho, o é tão só como dádiva divina, troca fora do mercado, como se operasse numa sociedade sem classes. Isso marca uma diferença com os antigos movimentos protestantes, em particular o calvinismo, para os quais o trabalho é dever e a riqueza, manifestação benfazeja do bom cumprimento da norma moral.

Se o salário é dádiva, precisa ser recompensado. Não segundo a máxima franciscana "é dando que se recebe", pois não se processa como ato de amor pelo outro. No fundo vale o princípio: "Recebes porque doastes". E como esse investimento nem sempre dá bons resultados, parece-me natural que o crente mude de igreja, como nós procuramos um banco mais rentável para nossos investimentos.

O crente doa apostando na fidelidade de Deus. Os dísticos gravados nos carros, "Deus é fiel", não o confirmam? Mas Dele espera-se reciprocidade, graças à mediação da igreja, cada vez mais eficaz conforme se torna mais rica. Deus é pensado à imagem e semelhança da igreja, cujo capital lança uma ponte entre Ele e o fiador.

Anticalvinismo

Além de negar a tradicional concepção calvinista e protestante do trabalho, esse novo crente não mantém com a igreja e seus pares uma relação amorosa, não faz do amor o peso de sua existência.

Sua adesão não implica conversão, total transformação do sentido de seu ser; apenas assina um contrato integral que lhe traz paz de espírito e confiança no futuro. Em vez da conversão, mera negociação. Essa religião não parece se coadunar, então, com as necessidades de uma massa trabalhadora, cujos empregos são aleatórios e precários?

Outro momento importante do livro é a crítica da Igreja Universal ao candomblé, tomado como fonte do mal. Essa crítica não possui apenas dimensões política e econômica, assume função religiosa, pois dá sentido ao pecado praticado pelo crente. O pecado nasce porque o fiel se afasta de Deus e, aproximando-se de uma divindade afro-brasileira, foge do circuito da dádiva. Configura fraqueza pessoal, infidelidade a Deus e à igreja.

Nada mais tem a ver com a ideia judaico-cristã do pecado original. Não se resolve naquela mácula, naquela ofensa, que somente poderia ser lavada pela graça de Deus e pela morte de Jesus, mas sempre requerendo a anuência do pecador.

Se resulta de uma fraqueza, desaparece quando o crente se fortalece, graças ao trabalho de purificação exercido pelo sacerdote. O fiel fraquejou na sua fidelidade, cedeu ao Diabo cheio de artimanhas e precisa de um mediador que, em nome de Deus, combata o Demônio. O exorcismo é descarrego, batalha entre duas potências que termina com a vitória do bem e a purificação do fiel.

Paganismo

Compreende-se, então, a função social do combate ao candomblé: traduz um antigo ritual cristão numa linguagem pagã. Os pastores dão pouca importância ao conhecimento das Escrituras, servem-se delas como relicário de exemplos. Importa-lhes mostrar que o Diabo, embora tenha sido criado por Deus, depois de sua queda se levanta como potência contra Deus e, para cumprir essa missão, trata de fazer o mal aos seres humanos.

O mal nasce do mal, ao contrário do ensinamento judeu-cristão que o localiza nas fissuras do livre-arbítrio. Adão e Eva são expulsos do Paraíso porque comeram o fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal e assim se tornam pecadores, porque agora são capazes de discriminar os termos dessa bipolaridade moral.

Essa teologia pentecostal se aproxima, então, do maniqueísmo. Como sabemos, o sacerdote persa Mani (também conhecido por Maniqueu), ativo no século 3º, pregava a existência de duas divindades igualmente poderosas, a benigna e a maligna. Isso porque o mal somente poderia ter origem no mal. A nova teologia pentecostal empresta o mesmo valor aos dois princípios e, assim, ressuscita a heresia maniqueísta, misturando o cristianismo com a teologia pagã.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sobre a inteligência

Sim, pois, pela muita inteligência e compreensão, às vezes, algumas pessoas deixam de provar o que devem provar em profundidade..., apenas porque já compreenderam com clareza.
- Caio Fábio

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Cristoklub e o movimento monástico


Hoje li uma notícia sobre a criação de uma espécie de Orkut para cristãos, o Cristoklub (notícia no FolhaOnline). Mais uma vez podemos ver a incrível capacidade dos "cristãos" de ser sal dentro do saleiro e não da terra. A começar pelo infame nome do site, que dá a entender exatamente o que vemos em inúmeras igrejas espalhadas pelo mundo com essa idéia sectarista de clube.

Ao invés de mensagens, orações. Conteúdo, só "santificado"! Mais uma demonstração de monastério, onde é muito fácil mostrar os seus "princípios cristãos", longe dos que não crêem e que você não precisa mostrar que é diferente. Nas palavras de Magda: inclua-me fora dessa!

Sinceramente, parece-me que ninguém percebe por onde é que Jesus Cristo andou, com que tipo de pessoas ele se assentou à mesa e, para parar por aqui, o que Ele disse em sua oração sacerdotal.

E para os cristãos clubeiros venho lembrar de um trecho dessa oração, só um trecho, mas a leia inteira. Se encontra lá no Evangelho de João, capítulo 17. Ah, os grifos são meus.

Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou. Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou.

Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade.

Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Café com graça


Domingo, por volta das 4 da tarde, sinto o cheiro de café na casa dos meus queridos sogros. Eba! Hora de parar tudo (não que eu esteja fazendo algo de útil, talvez uma soneca, ou um jogo na tevê) e sentar com o meu sogro, minha esposa, às vezes, a sogra, a cunhada... as xícaras já estão na mesa. Bolo de cenoura, biscoitos e... conversa!
Se tem uma coisa que eu gosto nessa vida é conduzi-la de forma lenta, aproveitando pequenas coisas, dentre elas um Café com Graça! Desculpe a apropriação do programa que o Caio Fábio criou e que deu origem ao Caminho da Graça, mas não tenho outro nome para dar a esses momentos que falamos das maravilhas de Deus e de sua graça surpreendente em nossas vidas!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Culpa no cartório


Brincando com um amigo pelo Twitter, disse a ele se teria culpa no cartório. A resposta, óbvia e coerente a qualquer ser humano foi: e quem não tem?

E quem não tem?

Em um certo momento, um homem chamado Jesus, criado na cidade de Nazaré, estava andando pela região de Samaria, na cidade de Sicar, e lá encontrou uma mulher buscando água em uma hora, digamos, inapropriada. Era próximo da hora do almoço e, naquele lugar do mundo, o sol ardia uma barbaridade.

Então, Jesus virou-se para a mulher e lhe pediu: água.
Ué, respondeu ela, como você sendo judeu conversa comigo sendo samaritana? Você vai ter culpa no cartório! E vão apontar o dedo pra você e vão falar de leis transgredidas!

Tudo bem, porque no cartório em que eu advogo, se você me pedir um gole, vou te dar uma enxurrada de uma água viva!, disse o judeu.

Por um acaso, a sua água é melhor que essa, que foi protocolada pelo nosso ancestral de nome Jacó? Olha que ele possui muitas rubricas de homens da mais alta classe!, retruca a mulher.

Olha só, essa água aí está com um carimbo delimitador de caminhada. A água que eu tenho, vai te dar acesso livre e ilimitado para a vida!, afirma-lhe o nazareno.

Eu quero!, entusiasma-se a mulher.

Então, mostra-me a tua ficha limpa lá do seu cartório., pede o judeu.

Ah... não posso ela tá suja., ela se entristesse.

Eu sei, pois existem mais de cinco acusações contra você., responde o homem.

Posso ver que você conhece os trâmites do Judiciário a fundo. Por acaso, sabes então aonde posso despachar minhas obrigações religiosas? Uns dizem que é naquele prédio, outros dizem que é só no Fórum Central...

Posso te dizer que, como sou advogado que exerce a sua função de graça, aquele que quer realmente estar junto ao Supremo, tem passaporte livre para o fazê-lo em qualquer lugar. E digo mais: a sua ficha será rasgada, picada e não terás mais culpa no cartório.

Então, a mulher largou a sua velha água e começou a contar a muitos outros sobre o homem que pode limpar a ficha Espiritual de qualquer um.


"Senhor Jesus, eu tenho culpa no cartório! Se olhar a minha ficha eu tô lascado! Mas o Senhor disse que pode fazer a remissão de fichas sujas. Eu clamo para que venha ser o meu advogado para que, assim, posso andar ao lado do meu Pai, o Deus Supremo. Amém."

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Coração de Pedra

Para quem nunca ouviu essa canção ou para aqueles que querem meditar sobre o atual cenário do mundo "evangélico". Qual será nossa posição determinante para tudo isso? Aceitar o engodo ou viver a novidade de vida que só Cristo dá?

Canção de João Alexandre, que já foi chamado por alguns "comprometidos" de herege. Será?

Ali é o lugar ideal pra quem quiser se esconder e ser
Mais um na multidão
Ali é onde os homens se abraçam mas na hora de pagar o
Preço, lavam as mãos
Ali é onde todos se encontram mas acabam se perdendo
Por achar que são invencíveis
Ali não há lugar pra tristeza, pra angústia, pra dor
Ou pra gemidos inexprimíveis

Deus não habita mais em templos feitos por mãos de
Homens
Deus não será jamais acorrentado às paredes de uma
Religião
Deus não habita mais em templos feitos por mãos de
Homens
Deus não será jamais enclausurado na escuridão de quem
Ainda tem um coração de pedra

Ali ninguém conhece a essência, tão somente a
Aparência de viver em comunhão
Ali é onde os loucos se entendem, onde os sábios se
Prendem ao valor da tradição
Um falso paraíso presente, um fanatismo distante, um
Cristianismo sem direção
Ali é onde todos proíbem, onde todos permitem, onde
São assim, nem "sim" nem "não"

Que vença, mesmo que haja desavença, todo aquele que
Repensa na crença da onipresença de deus
Sejamos coerentes, transparentes, reluzentes,
Conscientes, todos crentes que somos os filhos seus
Na rua, no trabalho, na escola, na loja, na padaria,
No posto, na rodovia, na congregação
Que haja em nós o mesmo sentimento: que Deus habite em
Nosso coração!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O livro mais mal-humorado da Bíblia


Chupe um limão e peça para alguém tirar uma foto da sua cara. Pois é assim que uma grande parcela da humanidade vive. Com cara de azedo.

Todos os desafios que a vida oferece são tratados com a mesma reação – o tédio. É como se tudo o que se fosse fazer, pensar ou realizar, não trouxesse nenhuma expressão de novidade e, por consequência, de alegria. "E nasce o sol, e põe-se o sol, e volta ao seu lugar donde nasceu."

No livro de Eclesiastes, depois de uma vida em que tudo foi conquistado sem precisar de muita conquista, o que nos leva a crer a autoria de Salomão, nada mais parece ter sentido. Após Usufruir da imensa fortuna que seu pai, Davi, conquistou de direito e fato, nem a sua capacidade intelectual foi o suficiente para que, já em idade avançada, Salomão pudesse ver a vida com imensa gratidão.

Mas, existe saída para um azedume generalizado? Em "O livro mais mal-humorado da Bíblia", o pastor da Igreja Batista da Água Branca, Ed René Kivitz, traz luz à natureza humana em sua tendência fatalista e auto-destrutiva, e o que faz com que a novidade se instaure novamente no coração humano quando finalmente nos voltamos para Deus.

É como voltar a enxergar a alegria até na monotonia como as crianças, nos pensamentos de G.K.Chesterton: "Pelo fato de as crianças terem uma vitalidade abundante, elas são espiritualmente impetuosas e livres; por isso querem coisas repetidas… Elas sempre dizem: “Vamos de novo”; e o adulto faz de novo até quase morrer de cansaço. Pois os adultos não são fortes o suficiente para exultar na monotonia.”

Essa foi a minha impressão ao ler o primeiro capítulo desse livro que, por conhecer a capacidade do seu autor, sei que serei surpreendido em cada frase. Espero lê-lo todo em breve.

Livro - O livro mais mal-humorado da Bíblia
Autor - Ed René Kivitz
Editora - Mundo Cristão

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A IURD e uma oportunidade a mais...


Há um mês atrás, participei de um encontro, retiro, acampamento, seja lá o que você quiser chamar, para falarmos sobre evangelização, ou seja, disseminar o evangelho da forma que Deus nos propôr.

Pois bem, olha só a porta que se abriu. E essa porta está nos noticiários globais e nas manchetes dos principais jornais do país. Sim! Ela novamente! A Igreja Universal do Reino de Deus (confesso que sinto grandes dificuldades em digitar REINO ao falar desta "Igreja de qualquer coisa", menos do Reino)!! Edir e mais outros Edires acusados de lavagem de dinheiro e outras canalhices que só lhes cobrem da mais fétida lama e gritam em nome do deus deles que não é o meu.

Nesse momento, vejo muitos me perguntarem coisas como: Na sua igreja também é assim? Você dá o dízimo? Expulsam "encostos"? Sacrifícios? Levam ao "altar" a chave do carro?
Muitas perguntas propícias para que possam todas ser respondidas a la Beatles: All we need is love. Of God. Through Jesus. By Grace.

Na sua igreja também é assim? Pregam a graça. De um Deus que, mesmo sendo Deus, não se aproveitou desse direito na terra. Pelo contrário, quis ser um de nós, com toda a sorte de dores, tormentos, perseguições, prisão, interrogatório, dor, humilhação e cruz.

Dízimo? "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria".

Encostos? Pode até encostar em alguns debilitados. Mas não terá mais atenção do que o que é maior do que eles. A vitória percence a Jesus, oras.

Sacrifícios? O maior de todos já foi feito por Jesus na Cruz.

Levar qualquer coisa, blá, blá, blá. Cruz! Cruz! Leve a sua e morra com Cristo para viver!

E enquanto tivermos esses montes de canalhas, ladrões e mentirosos (que não sumirão até a consumação do século), ainda teremos muitas oportunidades de apresentar um Deus de amor, que é Pai zeloso. Infelizmente é assim no mundo dos servos de Mamom.

Para terminar, dois versículos, em Romanos 5.20-21: Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.

E que Deus nos use para o SEU Reino. Amém.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Juca, Ari, Ari, Juca


Há algum tempo não posto nada e, para não ser diferente, a culpa é a falta de tempo e a impaciência que muitas vezes me bate com relação ao mundo virtual. Mas a idéia é não deixar de falar do mundo e do Reino e como eles se relacionam ou se distanciam. E, no momento, e parece que isso realmente é o hit do momento, o assunto é o que o colunista da Folha de São Paulo, Juca Kfouri, escreveu no jornal na sexta-feira passada (31/07/09), sob o título "Deixem Jesus em paz".
Como comentei com o Paulo que trabalha comigo, ele foi tão radical ou pior do que aqueles que ele atacava.
Porque pior? Pois ele acusava até naquilo que ele achava "aceitável" em uma manifestação religiosa, quando se referiu à esposa do Kaká que estava expondo suas idéias (não utilizarei o verbo "pregar", pois é abrangente demais para o que ela estava dizendo) em um local, como diria o Juca, "apropriado".
Eu poderia discorrer um pouco sobre o texto do evangelho de Mateus 28.18-20, sobre o que Paulo, o apóstolo, diz sobre estratégias de evangelização lá nas cartas aos Coríntios, mas acho que a colocação sobre o tema que o Ariovaldo Ramos postou em seu blog basta.

Portanto, segue: http://logoarinoblog.blogspot.com/2009/08/deixem-os-atletas-em-paz.html

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Você acredita que Deus te ama?

Língua azul



-Papai, eu também quero a língua azul!
-E ficar com a língua azul é legal?
-É! Óó!
Quanto mais eu vejo as crianças mais eu entendo o que Jesus quis dizer com "a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus". Ora, pregar o próprio Jesus para outros é querer ter a língua azul como a minha filha e o seu amiguinho! É dizer que Ele é legal simplesmente porque me faz felizmente "azul".
É não ter medo de usar a língua para expor o azul. Olha aqui como ficou! Ou: olha, hoje sou dessa forma, porque fui transformado e moldado por um cara chamado Jesus, que você não vê, então você vai ter que vê-lo através de mim!
Anúnciar a Cristo é expôr algo como se tivéssemos a língua azul. Aos olhos humanos, um Cristo (messias) que se vê pela fé é como ter orgulho de uma língua azul. Pode parecer até ridículo, estranho, esquisito mas, quando nos tornamos como crianças, nós amamos!
Pinte a língua, torne-se como criança e ame!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Simples assim...



Belo vídeo. Direto e animador. Assim como o evangelho de Cristo! Enjoy

Eu

Eu tenho emprego.
Eu tenho fartura.
Eu tenho gana.
Eu tenho mulher.
Eu tenho amigos.
Eu tenho autossuficiência.
Eu tenho orgulho.
Eu tenho Eu.
Eu tenho.
Eu.

Não tu.

Eu.

Eu perdi. Eu ganhei.
Eu vendi. Eu comprei.
Eu carreguei. Eu cansei.

Eu quis. Eu olhei.
Eu pedi. Eu olhei.
Eu fiquei.

Eu me desesperei.
Eu olhei em outro sentido.
Eu busquei sentido.

Eu senti algo que não veio do Eu.
Eu percebi que não estava só Eu.
Eu amei algo que não era Eu.

Eu aprendi Você.
Eu falei Você.
Eu quis Você.

Você e vocês.
Você É. vocês são.
Você e vocês, bem melhor que eu.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Michael e o topo absoluto


Lendo a coluna do humorista Danilo Gentili no periódico Metro, me deparei com uma reflexão (para a minha surpresa!! Não querendo desmerecer o Danilo, mas não esperava ler algo assim em uma coluna de humor) falando sobre o Michael Jackson e a sua figura mitológica. O texto diz: "Ele chegou ao topo absoluto. E por isso viveu no fundo mais escuro. A glória absoluta é algo grande demais para seres tão pequenos como nós. Quando a gente tenta adquirir uma posição de divíno, acontece o mesmo que aconteceu com os nazistas d"Os Caçadores da Arca Perdida": A cabeça explode."

Creio que o único ser humano que conseguiu lidar com a questão de ser divíno foi aquele que já tinha essa posição antes de ser humano. O homem a quem chamamos de Jesus. Sua cabeça não explodiu. Mas aqueles que queriam controlar o divíno queriam que ele explodisse. E conseguiram e cantaram vitória. Mas durou apenas 2 dias.

Pois o único que podia lidar com o divíno não cantava, mas as suas palavras eram muitas vezes como um brado, um rock, outras atraíam multidões, um pop, e sempre como poesia, belas, duras, amigáveis e desconcertantes.

Pois o único que podia lidar com o dívino não deslizava sobre os palcos, mas andava sobre os mares. Não tinha a Terra do Nunca, mas o Reino dos Céus. E este não está de portões fechados. Está esperando a todos que queiram receber, na presença do humano-divíno Jesus Cristo, a paz que Miachel não conseguiu.

Abraço a todos e boa semana.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ortodoxia, de G. K. Chesterton


Acabei de ler. Leiam! Num mundo em que vemos pseudo-pastores gastarem seu precioso latim para salvar um garoto da "satânica Apple" (http://igrejainternacional.wordpress.com/2009/06/12/a-maca/), a leitura de algo extremamente inteligente para se falar de uma vida verdadeiramente abundante a partir de tudo o que o cristianismo envolve (reconhecimento de incapacidade auto-salvadora, fé, princípios a partir da fé e encantamento com o Deus pessoal) é realmente um refrigério para a alma.

Chesterton (1874 – 1936) foi notório em seu tempo por lotar auditórios em Londres para debates calorosos com figuras como Bernard Shaw, H.G. Wells, Bertrand Russell e Clarence Darrow. Escritor compulsivo, era editor de seu próprio jornal, o Daily News, e tem uma vasta obra literária, de poesia à ficção.

Em uma de suas principais obras, "Ortodoxia", defende os valores cristãos contra os chamados valores modernos, a saber, o cientificismo reducionista e determinista. Dono de uma retórica exemplar, coloca em debate crítico idéias como as de Mark Twain e Nietzsche.

Segue comentários da mídia a respeito da obra:

"Chesterton (1874-1936) faz neste livro uma autobiografia espiritual, em que o núcleo da crença cristã se apresenta como suficiente arcabouço para conferir sentido à existência humana."
O Estado de São Paulo

"Um século depois de sua aparição, o livro mantém todo o seu frescor e novidade."
Marcelo Coelho (Folha de São Paulo)

"Um verdadeiro 'tour de force', em termos de inteligência e de humor."
Moacyr Scliar (Folha de São Paulo)

"Publicado em 1909, Ortodoxia é a melhor síntese de seu pensamento sobre a religião."
Revista Veja

"Leiam, por amor à inteligência, Ortodoxia, que acaba de ser relançado pela editora Mundo Cristão."
Reinaldo Azevedo

"Uma eloqüente apologia do cristianismo contra as filosofias e doutrinas do início do século XX."
O Globo

"O ensaísmo de Chesterton me atrai por sua arte argumentativa."
Daniel Piza (O Estado de São Paulo)


Livro - Ortodoxia
Autor - G.K. Chesterton
Editora - Mundo Cristão

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Ariovaldo Ramos

Bem, há pouco mais de 6 meses, eu em minha tardia sede por uma teologia consistente e coerente, descobri caras que também a buscam e trabalham em cima dela. Aí achei Ariovaldo Ramos, Ed René Kivitz, Ricardo Gondim e outros. Não que eu não os conhecesse, apenas bebi mais da fonte que eles bebem.
E para quem não conhece ou não conhece bem, segue uma série de entrevistas com o Ariovaldo Ramos, cara que percebe o Reino como agente de transformação desse mundo. A entrevista foi concedida para o site nafrequencia.com (www.nafrequencia.com).

Tema: Crise Ecônomica Mundial



Tema: Barack Obama e a Crise nos Estados Unidos



Tema: Crise Ambiental



Tema: Injustiças Sociais, Fome e Miséria



Tema: Lutando pela Igreja


Tema: Lutando pela Igreja II


Tema: Religião e Ateísmo



Tema: Religião e Ateísmo II



Tema: Movimento Caminho da Graça



Bate Bola

Humor


Ilustração de Jasiel Botelho.
Confira mais no site Cristianismo Criativo (www.cristianismocriativo.com.br)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Que reino?

Muito bem. Começar um blog não é uma tarefa fácil. Primeiramente começa com uma motivação, um desejo, algo que martela na cabeça. Tá, mas que caminho seguir? O que se quer comunicar? Em meio a um turbilhão de sites, gadgets, widgets, links, twitts e o que mais aparecer nos próximos minutos, o que mais um blog pode fazer para atrair leitores ávidos por cliques rápidos e olhos que já se direcionam para um outro banner animado?

Bom, realmente eu não sei.

Mesmo porque esse é mais um blog que se destina a dizer sobre O CARA.

Esse cara que, mesmo sendo Deus, resolveu viver entre nós como homem, ensinar uma porção de coisas (mesmo que muitas delas não fosse novidade, talvez seja por causa da nossa cabeça dura), escandalizar uma porrada de outros que se achavam mais próximos de Deus, parar um apedrejamento com uma frase, tocar um leproso com naturalidade, curar (pois é, meu caro, ele cura) cegos e coxos, dizer sobre morte para que haja vida, ser crucificado e morto por ódio daqueles que se sentiram expostos demais com suas atitudes de amor e compaixão. Esse cara também é aquele que ressuscitou (sim, ressuscitou!), gerou algo que chamamos de páscoa cristã, sem ovos, sem chocolate mas, olha só, com vida. Vida abundante! Uma vida que transborda a cada dia, pelo simples fato de a termos! Vida que quer transmitir vida a todos os que estão em volta. Vida leve. Vida depositada. Vida entregue. Tó. É sua.

Por isso que é tão leve. Não temos o fardo de levá-la por nós mesmos. Temos alguém que a leva por nós junto ao Papai. Ah, o cara...

Foi esse o cara que inaugurou o então célebre REINO do título desse blog. Reino esse que interage com o nosso mundão grande sem porteira através de milhares de pessoas espalhadas por aí, por aqui, em diversos lugares do planeta.

Espero poder refletir com vocês um pouco do Reino. Reino de amor, Reino de misericórdia, Reino de grandeza eterna. Reino que tem um Rei. O Rei da glória. O Rei irmão. Jesus, o ungido.