terça-feira, 3 de novembro de 2009
Sim, Deus é amor acessível
Se eu pudesse arrancar de mim todos os meus pensamentos, meus sentimentos, minhas emoções, enfim, se meu coração pudesse ser suplantado em forma de palavras (o que é humanamente impossível, pois a escrita é limitada demais para a complexidade do nosso interior), o que me viria à mente para transcrever Deus seria Amor. Mas não creio que esse sentimento seja entendido hoje em dia com o poder que ele realmente significa. Hoje, o amor já não ressoa como algo suficiente para motivar o ser humano a simplesmente querê-lo.
Amar é um sentimento. Mas só o é para nós, que temos um separador enorme dentro de nós que não permite mergulharmos profundamente no Ser e ficamos apenas no Estar. Esse separador, o desejo intrínseco de querer Ser por si só, ou seja, se autoafirmar como sustentador de todas as suas vontades, sem uma visão universal, maior, de energia compartilhada. Enfim, trocando em miúdos, esse separador é o que grande parte dos seres humanos, principalmente daqueles que possuem em sua formação uma cultura teosófica catequisadora, precipitou em chamar de pecado. Sim, porque o não-pecado se resumiu simplesmente em seguir uma cartilha para não fazê-lo. Assim, se eu cumprir essa cartilha, estarei agradando o meu "Deus" e, logo, o único meio de assim "andar" com Ele.
Mas, como dito antes, se a nossa ligação com Deus se rompe na nossa insuficiência de reconhecer o Amor como algo maior que um sentimento, o que nos resta meramente é admitir que somos categoricamente pecadores! Sendo assim, o que nos resta também é nos distanciarmos veementemente desse Deus que É algo que em nós é impossível.
Então, passo a escrever desesperadamente sobre algo inalcançável justamente por reconhecer o sinônimo de Deus como Amor. Mas, se tudo isso está dentro de mim, por mais que eu não consiga exprimir da forma correta, quem então gerou esse Ser que está enraizado em minhas víceras?? Da onde vem tamanho desejo de explodí-lo esse algo tão internalizado?
Acabo caminhando em direção a um discurso feito por um pescador, sobre um homem: "A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis...", ou ainda nas palavras desse próprio homem, Jesus: "Eu e o pai somos um".
Ora, sendo Jesus um com Deus, mas estando entre nós, fez sinais e prodígios, tocou pessoas, chorou com umas, alegrou-se com outras e ainda disse: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." E mais isso: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele."
Manifestar-se àquele que o ama? E Deus é quem amou o mundo? E o que me faz amá-lo senão Ele mesmo, já que Ele, Deus, É isso?! Até me lembro daquele antigo slogan de refrigerante que, por falta de adjetivos, resumia-se: "Coca-Cola é isso aí". Deus é isso aí: Amor é isso aí. Manifestação em nós é o próprio amor.
E, para terminar, lembro então das palavras de Paulo, o apóstolo, que diz: "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação." E, nesse texto, vemos a total vocação do Amor que, por Jesus Cristo, não levou em consideração o pecado a nós pungente, mas então preferiu se manifestar como Ele É, para que pudéssemos alcançá-Lo de forma imerecida, simplesmente porque Amor ama.
Portanto, amigos, Jesus está aí para te reconciliar em amor com o Pai. Sabe por quê? Ah, esse Deus que insiste em amar gente...
PS: Falar sobre o amor de Deus (ou Amor que É) poderia render posts para o resto da minha existência aqui na terra, com muitas e alegres considerações. Devo escrever muito mais sobre isso...
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