"Hoje, 8 de novembro, acordei bem cedo e me lembrei de que o Sérgio Pimenta estaria fazendo aniversário. Pouco tempo depois, recebi a notícia do falecimento do Jorge. Assim, a sociedade de poetas VIVOS aumenta no céu." Nelson Bomilcar
Jorge Rehder. Jorginho. Doutor Jorge. Jorge. Posso dizer que conheci um pouco de todas essas denominações dadas a ele. O compositor, o ministro de louvor na comunidade local, o dentista e o marido da Marilda, pai da Carol e da Marina que foram companheiras minhas de escola dominical. Mais tarde, seria o tio de consideração da minha esposa.
Mas para mim, era o Jorginho. Jorginho porque foi como todos chamavam aquele ministro de louvor da igreja metodista em Santo Amaro, local onde cresci e o vi tocar e cantar, junto com os diversos grupos liderados por ele em nossa comunidade.
Na minha infância, mamãe levava meu irmão e eu para as consultas periódicas com o dentista dr. Jorge. Ainda tenho em minhas lembranças o seu consultório...
No início da década de 1990, Jorginho se uniu ao Nelson Bomilcar para caminhar na Comunidade Projeto Raízes, saindo do convívio comum daqueles que estavam na igreja metodista em Santo Amaro, dentre eles, eu. Naquele momento, a formação musical de nossa comunidade estava toda firmada naquilo que o Jorginho havia deixado, ou seja, música de qualidade e composições tocantes, verdadeiros salmos vindos do Jorge Rehder, do Camargo, Bomilcar, Kerr, Pimenta, entre outros.
Aliás, Vencedores por Cristo sempre foi audição obrigatória em minha família, principalmente com o meu tio Maurinho, grande amigo do Jorginho e assim foi até a ida do meu tio para o Pai, no ano 2000.
Ainda tive contatos na minha adolescência, como um memorável acampamento de adolescentes da metodista em que o Jorginho foi um dos preletores por volta de 1998, além de visitas exporádicas ao Raízes.
Em 2002, meu grupo de TCC da faculdade era formado por cristãos e o tema do nosso trabalho foi música cristã e, pela aproximação, pegamos diversos depoimentos do Jorginho sobre o andamento da música cristã naquela época, que por sinal, já estava entregue ao mercado fonográfico e pouca coisa se salvava para os ouvintes que amavam música e Cristo.
Em 2003, me casei com a Dani, que é sobrinha de consideração do Jorginho. As meninas dele cresceram juntas com a minha esposa e minha cunhada e, a partir desse momento, sempre me encontrei com ele nas reuniões familiares da minha esposa. Assim, pude conhecer simplesmente o Jorge. Jorge da família, com todas as qualidades e defeitos, como qualquer um. Jorge humano, Jorge pai, Jorge pastor, Jorge mestre, Jorge piadista, Jorge sério.
São muitas memórias. Te vejo, poeta...
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