Religião em seu significado, segundo o dicionário Michaelis:
religião
re.li.gião
sf (lat religione) 1 Serviço ou culto a Deus, ou a uma divindade qualquer, expresso por meio de ritos, preces e observância do que se considera mandamento divino. 2 Sentimento consciente de dependência ou submissão que liga a criatura humana ao Criador. 3 Culto externo ou interno prestado à divindade. 4 Crença ou doutrina religiosa; sistema dogmático e moral. 5 Veneração às coisas sagradas; crença, devoção, fé, piedade. 6 Prática dos preceitos divinos ou revelados. 7 Temor de Deus. 8 Tudo que é considerado obrigação moral ou dever sagrado e indeclinável. 9 Ordem ou congregação religiosa. 10 Ordem de cavalaria. 11 Caráter sagrado ou virtude especial que se atribui a alguém ou a alguma coisa e pelo qual se lhe presta reverência. 12 Conjunto de ritos e cerimônias, sacrificais ou não, ordenados para a manifestação do culto à divindade; cerimonial litúrgico. 13 Filos Reconhecimento prático de nossa dependência de Deus. 14 Filos Instituição social com crenças e ritos. 15 Filos Respeito a uma regra. 16 Sociol Instituição social criada em torno da idéia de um ou vários seres sobrenaturais e de sua relação com os homens. 17 Mística ou ascese. R. do caboclo, Reg (Rio de Janeiro): prática feiticista negra a que se misturam entidades da mística ameríndia. R. do Estado: a professada oficialmente por um Estado sem que, com isso, seja proibida ou impedida a prática das outras. R. natural: a que se baseia somente nas inspirações do coração e da razão, sem dogmas revelados; a religião dos povos primitivos. R. naturalista: veneração ou adoração religiosa da natureza nos animais, nos astros etc.; panteísmo. R. reformada: o mesmo que igreja reformada. R. revelada: a que, como o cristianismo, se baseia numa revelação divina conservada pelas Escrituras Sagradas e pela tradição. Ciência das religiões: estudo das religiões como fenômeno humano universal; pode-se considerar seu aspecto histórico (história das religiões), psíquico (psicologia da religião) e social (sociologia da religião). Filosofia da religião: tratado das questões relativas à sua essência e verdade.
Dentre todas essas explicações para o termo, o único mais próximo daquele que quer seguir a Jesus Cristo e reconhece-o como mestre, Senhor e o único capaz de realmente nos religar a Deus é, ainda que de forma raza, a segunda explicação. Daí a dificuldade de dizermos então que temos uma religião, apesar de a termos. Sim, porque Nele vivemos, nos movemos e existimos. Sim, temos uma religião que é Jesus Cristo, pois "ninguém vem ao Pai senão por mim", nas palavras do carpinteiro. E se nossa religião é Cristo e de tudo Nele queremos imitar (ainda que nosso espelho esteja rachado), então o nosso único dogma é o Amor. E o nosso rito é de que não temos rito. E que nossa adoração é "vivermos do jeito de Deus", como diria Ariovaldo Ramos.
Pronto. Acaba aqui. Aquém disso, para quem realmente quer seguir a Cristo, é entulho, peso, bagagem desnecessária. Aquém disso, passa a ser as outras 16 explicações para o termo religião. Passa a ser aquilo que a grande maioria encara como tal. Dessas todas outras eu tô fora.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Atualização antiga...
Tive a oportunidade de ir ao III Fórum de Cristianismo Criativo, realizado no último dia 10, com a participação de Gerson Borges e o lançamento de seu CD Nordestinamente. O que eu posso dizer, além de que vale muito a pena conhecer o trabalho extremamente acurado desse carioca, pastor, poeta, educador, ou, como ele mesmo se define, pastoetador.
Este post era para ter entrado já há duas semanas, mas como eu queria colocar também as fotos que eu tirei e só consegui tê-las em mãos agora, segue essa atualização antiga.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Sociedade dos Poetas Vivos
"Hoje, 8 de novembro, acordei bem cedo e me lembrei de que o Sérgio Pimenta estaria fazendo aniversário. Pouco tempo depois, recebi a notícia do falecimento do Jorge. Assim, a sociedade de poetas VIVOS aumenta no céu." Nelson Bomilcar
Jorge Rehder. Jorginho. Doutor Jorge. Jorge. Posso dizer que conheci um pouco de todas essas denominações dadas a ele. O compositor, o ministro de louvor na comunidade local, o dentista e o marido da Marilda, pai da Carol e da Marina que foram companheiras minhas de escola dominical. Mais tarde, seria o tio de consideração da minha esposa.
Mas para mim, era o Jorginho. Jorginho porque foi como todos chamavam aquele ministro de louvor da igreja metodista em Santo Amaro, local onde cresci e o vi tocar e cantar, junto com os diversos grupos liderados por ele em nossa comunidade.
Na minha infância, mamãe levava meu irmão e eu para as consultas periódicas com o dentista dr. Jorge. Ainda tenho em minhas lembranças o seu consultório...
No início da década de 1990, Jorginho se uniu ao Nelson Bomilcar para caminhar na Comunidade Projeto Raízes, saindo do convívio comum daqueles que estavam na igreja metodista em Santo Amaro, dentre eles, eu. Naquele momento, a formação musical de nossa comunidade estava toda firmada naquilo que o Jorginho havia deixado, ou seja, música de qualidade e composições tocantes, verdadeiros salmos vindos do Jorge Rehder, do Camargo, Bomilcar, Kerr, Pimenta, entre outros.
Aliás, Vencedores por Cristo sempre foi audição obrigatória em minha família, principalmente com o meu tio Maurinho, grande amigo do Jorginho e assim foi até a ida do meu tio para o Pai, no ano 2000.
Ainda tive contatos na minha adolescência, como um memorável acampamento de adolescentes da metodista em que o Jorginho foi um dos preletores por volta de 1998, além de visitas exporádicas ao Raízes.
Em 2002, meu grupo de TCC da faculdade era formado por cristãos e o tema do nosso trabalho foi música cristã e, pela aproximação, pegamos diversos depoimentos do Jorginho sobre o andamento da música cristã naquela época, que por sinal, já estava entregue ao mercado fonográfico e pouca coisa se salvava para os ouvintes que amavam música e Cristo.
Em 2003, me casei com a Dani, que é sobrinha de consideração do Jorginho. As meninas dele cresceram juntas com a minha esposa e minha cunhada e, a partir desse momento, sempre me encontrei com ele nas reuniões familiares da minha esposa. Assim, pude conhecer simplesmente o Jorge. Jorge da família, com todas as qualidades e defeitos, como qualquer um. Jorge humano, Jorge pai, Jorge pastor, Jorge mestre, Jorge piadista, Jorge sério.
São muitas memórias. Te vejo, poeta...
Jorge Rehder. Jorginho. Doutor Jorge. Jorge. Posso dizer que conheci um pouco de todas essas denominações dadas a ele. O compositor, o ministro de louvor na comunidade local, o dentista e o marido da Marilda, pai da Carol e da Marina que foram companheiras minhas de escola dominical. Mais tarde, seria o tio de consideração da minha esposa.
Mas para mim, era o Jorginho. Jorginho porque foi como todos chamavam aquele ministro de louvor da igreja metodista em Santo Amaro, local onde cresci e o vi tocar e cantar, junto com os diversos grupos liderados por ele em nossa comunidade.
Na minha infância, mamãe levava meu irmão e eu para as consultas periódicas com o dentista dr. Jorge. Ainda tenho em minhas lembranças o seu consultório...
No início da década de 1990, Jorginho se uniu ao Nelson Bomilcar para caminhar na Comunidade Projeto Raízes, saindo do convívio comum daqueles que estavam na igreja metodista em Santo Amaro, dentre eles, eu. Naquele momento, a formação musical de nossa comunidade estava toda firmada naquilo que o Jorginho havia deixado, ou seja, música de qualidade e composições tocantes, verdadeiros salmos vindos do Jorge Rehder, do Camargo, Bomilcar, Kerr, Pimenta, entre outros.
Aliás, Vencedores por Cristo sempre foi audição obrigatória em minha família, principalmente com o meu tio Maurinho, grande amigo do Jorginho e assim foi até a ida do meu tio para o Pai, no ano 2000.
Ainda tive contatos na minha adolescência, como um memorável acampamento de adolescentes da metodista em que o Jorginho foi um dos preletores por volta de 1998, além de visitas exporádicas ao Raízes.
Em 2002, meu grupo de TCC da faculdade era formado por cristãos e o tema do nosso trabalho foi música cristã e, pela aproximação, pegamos diversos depoimentos do Jorginho sobre o andamento da música cristã naquela época, que por sinal, já estava entregue ao mercado fonográfico e pouca coisa se salvava para os ouvintes que amavam música e Cristo.
Em 2003, me casei com a Dani, que é sobrinha de consideração do Jorginho. As meninas dele cresceram juntas com a minha esposa e minha cunhada e, a partir desse momento, sempre me encontrei com ele nas reuniões familiares da minha esposa. Assim, pude conhecer simplesmente o Jorge. Jorge da família, com todas as qualidades e defeitos, como qualquer um. Jorge humano, Jorge pai, Jorge pastor, Jorge mestre, Jorge piadista, Jorge sério.
São muitas memórias. Te vejo, poeta...
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Lembranças com muito carinho
Hoje, dia 6 de novembro de 2009, se ainda estivesse em nosso mundo, minha avó Esther completaria 81 anos de idade. E não escrevo esse texto para expressar um sentimento saudoso corroido, penoso. Não, esse texto é uma afirmação da alegria de ter tido uma avó tão doce, tão sincera, tão amiga, tão zelosa, tão carismática e muitos outros adjetivos que fariam uma lista imensa!
Não havia quem não simpatizasse com aquela senhora alegre e falante, boa de papo, que conversava com todos os vizinhos, inclusive com aquela japonesinha quietinha que morava do lado da D. Ilda. Sempre prestativa e servil, não media esforços para visitar os doentes de nossa comunidade. Ela e sua inseparável e amável amiga D. Nena. Ou para mim, tia Nena.
Quando íamos ao nosso apartamento na Praia Grande, sua marca era fazer chá mate gelado para toda a família, inclusive para matar a nossa sede em meio aos momentos salgados que estávamos nas praias.
Fora as comidinhas... de tempos em tempos éramos presenteados com sua casquinha de siri que até os meus 14 anos eu insistia em dizer que não gostava, mas depois que eu aprendi a gostar.... hmmmm...
Teria muito mais pra escrever da minha vózinha, foram 7 anos morando com ela até ela partir para a glória. Uma coisa eu sei: será muito bom reencontrá-la um dia...
Não havia quem não simpatizasse com aquela senhora alegre e falante, boa de papo, que conversava com todos os vizinhos, inclusive com aquela japonesinha quietinha que morava do lado da D. Ilda. Sempre prestativa e servil, não media esforços para visitar os doentes de nossa comunidade. Ela e sua inseparável e amável amiga D. Nena. Ou para mim, tia Nena.
Quando íamos ao nosso apartamento na Praia Grande, sua marca era fazer chá mate gelado para toda a família, inclusive para matar a nossa sede em meio aos momentos salgados que estávamos nas praias.
Fora as comidinhas... de tempos em tempos éramos presenteados com sua casquinha de siri que até os meus 14 anos eu insistia em dizer que não gostava, mas depois que eu aprendi a gostar.... hmmmm...
Teria muito mais pra escrever da minha vózinha, foram 7 anos morando com ela até ela partir para a glória. Uma coisa eu sei: será muito bom reencontrá-la um dia...
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terça-feira, 3 de novembro de 2009
Sim, Deus é amor acessível
Se eu pudesse arrancar de mim todos os meus pensamentos, meus sentimentos, minhas emoções, enfim, se meu coração pudesse ser suplantado em forma de palavras (o que é humanamente impossível, pois a escrita é limitada demais para a complexidade do nosso interior), o que me viria à mente para transcrever Deus seria Amor. Mas não creio que esse sentimento seja entendido hoje em dia com o poder que ele realmente significa. Hoje, o amor já não ressoa como algo suficiente para motivar o ser humano a simplesmente querê-lo.
Amar é um sentimento. Mas só o é para nós, que temos um separador enorme dentro de nós que não permite mergulharmos profundamente no Ser e ficamos apenas no Estar. Esse separador, o desejo intrínseco de querer Ser por si só, ou seja, se autoafirmar como sustentador de todas as suas vontades, sem uma visão universal, maior, de energia compartilhada. Enfim, trocando em miúdos, esse separador é o que grande parte dos seres humanos, principalmente daqueles que possuem em sua formação uma cultura teosófica catequisadora, precipitou em chamar de pecado. Sim, porque o não-pecado se resumiu simplesmente em seguir uma cartilha para não fazê-lo. Assim, se eu cumprir essa cartilha, estarei agradando o meu "Deus" e, logo, o único meio de assim "andar" com Ele.
Mas, como dito antes, se a nossa ligação com Deus se rompe na nossa insuficiência de reconhecer o Amor como algo maior que um sentimento, o que nos resta meramente é admitir que somos categoricamente pecadores! Sendo assim, o que nos resta também é nos distanciarmos veementemente desse Deus que É algo que em nós é impossível.
Então, passo a escrever desesperadamente sobre algo inalcançável justamente por reconhecer o sinônimo de Deus como Amor. Mas, se tudo isso está dentro de mim, por mais que eu não consiga exprimir da forma correta, quem então gerou esse Ser que está enraizado em minhas víceras?? Da onde vem tamanho desejo de explodí-lo esse algo tão internalizado?
Acabo caminhando em direção a um discurso feito por um pescador, sobre um homem: "A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis...", ou ainda nas palavras desse próprio homem, Jesus: "Eu e o pai somos um".
Ora, sendo Jesus um com Deus, mas estando entre nós, fez sinais e prodígios, tocou pessoas, chorou com umas, alegrou-se com outras e ainda disse: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." E mais isso: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele."
Manifestar-se àquele que o ama? E Deus é quem amou o mundo? E o que me faz amá-lo senão Ele mesmo, já que Ele, Deus, É isso?! Até me lembro daquele antigo slogan de refrigerante que, por falta de adjetivos, resumia-se: "Coca-Cola é isso aí". Deus é isso aí: Amor é isso aí. Manifestação em nós é o próprio amor.
E, para terminar, lembro então das palavras de Paulo, o apóstolo, que diz: "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação." E, nesse texto, vemos a total vocação do Amor que, por Jesus Cristo, não levou em consideração o pecado a nós pungente, mas então preferiu se manifestar como Ele É, para que pudéssemos alcançá-Lo de forma imerecida, simplesmente porque Amor ama.
Portanto, amigos, Jesus está aí para te reconciliar em amor com o Pai. Sabe por quê? Ah, esse Deus que insiste em amar gente...
PS: Falar sobre o amor de Deus (ou Amor que É) poderia render posts para o resto da minha existência aqui na terra, com muitas e alegres considerações. Devo escrever muito mais sobre isso...
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