quinta-feira, 8 de julho de 2010

Despertar

Vejo magro, frio, estático
Sem um cálamo que brota do interior
Apenas cego, apenas torpor

Amparado na aparância para quem não se quer essência
Mendigado no labor para não se confrontar em nada
Homem cego, homem torpor

Sem vislumbre do eterno
Homem cego, homem nú
Com amplitude do ego
Sem levar a tua cruz

Mais de tudo, mais de nada
Geração estampada
Sem ardil, só pavil
Sem amor, apenas torpor
Apenas torpor

Insensatez à revelia contra os sinais que aqui propicia
Ódio, ódio, mente fria
Sem mudança antes que seja tarde

Voltemos à Esperança
Ao vencedor a pedra branca
À mente equilibrada que se lança sem partido
Que estende ao homem cego a mão do Único Caminho

Voltemos à Criação
Sem receio da bofetada
Ao cuidado na contra-mão
Dos que esnobam a alvorada

Amparado na essência da luz de quem quer sentença
Advogado junto ao filho, não quer que nenhum se perca
Homem volte ao seu juizo, antes que chegue o dia


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